Não é questão técnica. Talvez seja uma incompatibilidade de nervos. Vitinho não está na mesma rotação da torcida. Não deu liga
Antes de qualquer coisa quero deixar claro que sou torcedor por amor. Não tenho nenhuma ligação com o Flamengo, apenas uma paixão maluca. Não ganho para falar do clube e não tenho nenhuma pretenção de receber algo um dia. Dito isso, ou o Vitinho muda a postura ou vai ser difícil ter um futuro no Mais Querido.
O camisa 11 tem talento. Dribla muito bem e bate com as duas pernas. É novo, tem e terá um belo caminho pela frente. Mas no Flamengo está no limite. Ou muda, ou o ciclo precisa ser encerrado ao final da temporada.
Veja você. Não é questão técnica. Talvez seja uma incompatibilidade de nervos. O rapaz não está na mesma rotação da torcida. Não deu liga.
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Michael pode ser usado como primeiro exemplo neste texto. O rapaz tem algumas deficiências técnicas, oriundas da falta de base. Mas é possível ver em seus olhos a vontade. Corre, se esforça, se entrega. Existe uma luta.
Talvez falte alguém para explicar isso a Vitinho. Um amigo, empresário ou até colega de clube:
— Vitinho, sabe aquela bola que lancei e foi forte demais. Eu sabia que ia pra fora. Você também sabia e por isso não foi nela. Mas na próxima, feche os olhos e vá. Vai fazer bem pra você e pra torcida.
Isso não é ser sacana. É entender o cenário. Saber onde está e fazer a leitura do momento. Quando não dá no talento, tem que ir na força.
Temos no elenco um jogador que faz essa leitura com maestria. Diego Ribas é gênio nisso. Sabe se fazer presente, entende a hora do carrinho, a hora de pedir a torcida e o momento certo de ser mais força do que técnica.
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Que fique claro que essa é uma cobrança profissional. Não tem e nunca terá nada pessoal. Vitinho precisa dar mais.
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Arquibancada – A torcida reclama e tem razão. Ela é e deve ser soberana. Silenciar a voz da multidão é um erro. Torcedores profissionais estão neste caminho, que não é bom para ninguém.
O Rubro-Negro tem direito de não estar feliz com o treinador e cornetar jogador. Parem de cobrar do povo um olhar de especialista. O Geraldino não quer entender a pirâmide invertida. Ele só quer que o time jogue bem e vença.
Isso feito, ele elogia. Isso negado, ele reclama.
Racismo – Mais um caso no mundo. Agora foi com Neymar. Amanhã será com outro ou outra. Ou a sociedade se une de vez para acabar com isso ou vamos perder de lavada no jogo do respeito e da civilidade.
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