Mauricio Isla também analisou a evolução do Flamengo durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 23
Nesta quarta-feira, 23, Mauricio Isla concedeu uma coletiva de imprensa transmitida pela FlaTV. Durante a coletiva, o chileno falou sobre Rueda, o caso de injúria racial envolvendo Gerson e Índio Ramírez, comparações entre o futebol brasileiro e europeu, erros de arbitragem no Brasil, Flamengo, a torcida rubro-negra e a Copa Libertadores.
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Isla foi questionado sobre a possível ida de Reinaldo Rueda para a seleção colombiana, mas alegou que não tem informações sobre o assunto e que está inteiramente focado no Flamengo. “É uma decisão muito pessoal do treinador Rueda. Ele é uma pessoa e um treinador muito bom, mas eu não sei de nada, eu estou muito ligado ao Flamengo, não falo nada da seleção, não sei se o Rueda vai para a Colômbia ou se vai terminar no Chile”, disse.
Sobre Gerson, o chileno reforçou a importância de se combater o racismo não só no Brasil mas no mundo inteiro. “Na minha opinião, o racismo não é somente no Brasil, é em todo o mundo. Na Inglaterra, França, Itália… É um ponto que deve acabar. A cor, seja branca ou preta ou café, somos todos iguais e deve acabar, porque é muito doloroso para todo mundo”, pontuou.
Ao falar de Rogério Ceni, o atleta elogiou o treinador e até o comparou com Marcelo Bielsa. “Ele trabalha muito bem, está muito ligado ao trabalho. Ele me inspira muito e me lembra muito o Marcelo Bielsa”. Ainda sobre Ceni, o chileno falou sobre a possível vantagem do técnico ser ex-treinador do adversário do jogo do próximo sábado, 26, o Fortaleza. No entanto, Isla destacou que as dificuldades entre as duas equipes são iguais.
“Ajuda muito, mas também ajuda ao Fortaleza, que conhece o Rogério, para saber como vai jogar o Flamengo. O Rogério é um treinador que treina muito bem taticamente e defensivamente. Será uma partida difícil porque o Fortaleza precisa muito de pontos e a gente também precisa para estar na briga contra o São Paulo”, analisou.
Na coletiva, Mauricio Isla foi questionado sobre o que pensa a respeito dos erros de arbitragem no Brasil, ao responder, o lateral-direito minimizou polêmicas mas destacou os acontecimentos do último jogo do Mengão, contra o Bahia: “Árbitro, seja brasileiro ou como em todo o mundo, erra. Assim como o jogador erra, assim como o treinador erra… O Flamengo tem jogado com árbitros que trabalham muito bem e árbitros que têm errado. Como na última partida, que aconteceu muita coisa envolvendo Bruno Henrique e Gabigol”.
Ainda sobre a partida contra o tricolor, Isla fez a sua análise sobre a virada do Flamengo e deu foco a personalidade do elenco para conquistar a vitória. “Eu acho que a personalidade. Um jogador que tende a mudar durante a partida, um jogador fenomenal, como o Bruno Henrique. Nós perdemos um jogador importante nos primeiros minutos, que foi o Gabigol…
Jogar com um jogador a menos por quase 90 minutos é muito difícil. As características e personalidade de Bruno e Arrascaeta, e liderança de Diego, Rodrigo Caio e Filipe Luís podem mudar a partida. Foi uma partida difícil, em 15 minutos 3 a 2, e ganhar no último minuto por 4 a 3, é devido ao grupo e a filosofia do treinador também”, disse.
Isla também falou sobre a sua vontade de jogar pelo Brasil com a presença da nação rubro-negra: “Eu acho que para um jogador, o que vive o futebol são os fãs, a torcida. No Brasil, no Instagram, no Twitter, no Facebook, todo mundo é Flamengo. Eu estou muito ansioso para os torcedores poderem voltar ao estádio”.
O jogador foi questionado sobre as suas recentes atuações, se têm sido mais defensivas por orientação do próprio Rogério Ceni, mas Isla negou. No entanto, o chileno enfatizou a importância do retorno de Rodrigo Caio para o sistema defensivo do time.
“Não. Mas sim, a gente tem trabalhado mais defensivamente. Também mudou muito com a chegada do Rodrigo Caio, ele não jogou tantas partidas por causa da sua seleção, e agora jogar com o Rodrigo, que fala sempre, que te orienta sempre, é muito diferente. O Flamengo tem mudado muito porque no começo do campeonato não estava completo, Gabigol estava ‘mal’, Bruno Henrique estava ‘mal’, Rodrigo Caio não estava jogando, o time estava mudando sempre… Agora está muito bem, exceto Thiago Maia que estava jogando muito bem e agora está lesionado”, disse.
Isla também falou sobre a importância de se ter uma pré-temporada para a evolução de um time dentro de campo. “Quando se tem uma pré-temporada, se tem muito tempo para trabalhar taticamente e ofensivamente. Fisicamente agora eu estou muito melhor do que antes. Muda também quando um jogador vai para a seleção, como viajar para a Venezuela ou Equador por sete horas e voltar ao Chile… Como aconteceu com Rodrigo Caio e Everton Ribeiro. Fisicamente não é fácil, ainda mais aqui no Brasil que se joga três ou quatro campeonatos, é difícil para um jogador”, afirmou.
Durante a entrevista, o lateral foi perguntado sobre o que falta para o futebol brasileiro se igualar ao europeu, na sua opinião. Isla deu uma resposta contundente: “Nada. Eu estou muito surpreso com o Campeonato Brasileiro, tanto com os jogadores ‘grandes’ como os jogadores da base, são muito fortes. O Brasil, para mim, é o melhor futebol do mundo. De onde sai os melhores laterais como Roberto Carlos, Marcelo, Daniel Alves, Maicon, Cafu… Por isso, para mim, jogar no Brasil era uma obsessão, porque no Brasil se joga tantas partidas e sempre com um futebol bonito que todo mundo gosta”.
Ao fim da coletiva, Mauricio Isla falou sobre a sua experiência durante os jogos na Libertadores. Apesar de ser sul-americano, o chileno nunca havia disputado a competição antes. “A experiência foi muito triste. Na última partida contra o Racing, o Flamengo jogou muito bem. Eu tenho dois ou três amigos no Racing que já jogaram comigo, e eles sabem que o Flamengo jogou muito bem. Mas, quem passou foi o Racing. O último campeão foi o Flamengo, agora a gente tem que trabalhar muito para jogar bem no próximo ano a Copa Libertadores”, finalizou.
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