Por Diogo Almeida – Com contribuições de Arthur Butter Nunes e Bruno Nin
A torcida do Flamengo ama incondicionalmente. Vai amar de qualquer jeito, repleta de ardor, prestes a perdoar, ansiosa por amar. Desse afã de bem-querer os magos nascem. Desde sempre sabemos quem é quem. Quem poderia ser. E quem eternamente será.
A loucura da Norte após o gol. O lamento em uníssono no barzinho quando a bola explode na trave. Na marra de vestir o Manto Sagrado sem ter em conta o resultado do jogo.
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O vídeo de ativação do Mercado Livre para o Dia dos Pais captou toda essa poesia ao trazer Seu Antunes do Olimpo Rubro-Negro para emocionar nosso Deus Zico. O vídeo com o 335º gol do Galinho no Maracanã, onde reina absoluto como seu maior artilheiro, foi o primeiro que Seu Antunes viu, e já nasce destinado a ser um sucesso absoluto de público e crítica.
Não é a primeira vez que a gigante do varejo digital explode a cabeça dos torcedores e torcedoras do Flamengo.
Além das obrigatórias distribuições de cupons nas redes sociais e até nas próprias camisas dos jogadores – como foi no último Fla-Flu -, também espalhou outdoors por prédios cariocas e mandou bem ao colocar alguns dos craques do atual elenco gravando unboxings de mercadorias.
Mas nada chegou perto do que foi feito para comemorar o Dia dos Pais deste ano.
Zico não sabia que estava sendo levado para uma experiência única em sua divina trajetória. O vídeo, intitulado como “Gol 335”, com certeza já é um marco na história da propaganda esportiva brasileira.
Com Zico no meio campo do Mário Filho, a imagem do seu pai foi projetada nos telões do estádio e o sistema de som reproduziu, com ajuda de Inteligência Artificial, o pedido para ver pela primeira vez um gol do filho. Pego de surpresa, Zico chorou. E a Nação Rubro-Negra também.
Parabéns a todos os envolvidos por mais este capítulo da cosmogonia rubro-negra. Que o investimento no clube de mais de 42 milhões de torcedores continue sempre assim, cheio de de criatividade e carinho. Afinal, este tipo de consumidor é tão especial quanto atento.
A Bola
Se a ideia foi transportar Zico para o passado, a máquina do tempo foi cuidadosamente configurada. Um ano simbólico para a história e a honra do Mais Querido entrou no vídeo.
A bola que Arthur Antunes Coimbra domina e tenteia com categoria até o gol é a do Brasileiro de 1987, o campeonato nacional que nunca conseguirão roubar do Flamengo.
A Camisa
O figurino não foi colocado de lado. Zico veste o uniforme que remete aos início dos dourados anos 80. Ao rei, o Trono, o Cetro e o Manto: a máquina do tempo do Mercado Livre dessa vez teletransportou o Camisa 10 direto para o irretocável ano de 1981.
O Choro
O vídeo tocou fundo o coração do Galinho de Quintino. Em sua conta no Twitter, o publicitário Camilo Coelho disse que Zico confidenciou-lhe jamais ter chorado tanto no Maracanã como chorou após a gravação do vídeo.
E o Mosaico
Ao fundo, nas arquibancadas do Setor Norte, o lado das torcidas organizadas, do ingresso mais barato e de onde o Flamengo gosta (e se possível deve) atacar no segundo tempo, o mosaico com o retrato do pai de Zico sobe.
À medida que Zico aproxima-se do gol, materializa-se o sonho do filho fazer um gol para o pai.
Gol, gol, gol! Zico, Zicão, Zicaço!
E o pai volta a descansar em paz depois de ver mais um gol do Flamengo. Um gol do seu filho.
