Uma das grandes promessas da base do Flamengo na última década, o meia Hugo Gomes recomeça sua carreira do outro lado do mundo. Conhecido pelo apelido Jajá, ele diz que ficou mais de um ano sem clube. Mas agora o jogador, de 26 anos, é um dos craques do Madura United, da Indonésia.
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Em entrevista ao site da ESPN, o atleta relembrou sua carreira. De acordo com ele, ficou mais de um ano sem clube em meio à pandemia de COVID-19. Mas o recomeço veio através de Carlos Brasil, ex-diretor do Flamengo.
Hugo disse que Brasil entrou em contato com seu empresário e o levou para a Indonésia:
“Tirei informações com os brasileiros que estão aqui e resolvei aceitar. É um clube muito correto e que se preocupa com a situação do jogador fora do campo também. Cheguei no meio da pandemia e joguei um torneio de quatro jogos e depois veríamos se iriamos renovar. Era um contrato de risco, mas consegui mostrar que poderia ajudar e fiquei”, explicou Jajá.
Eleito três vezes para a Seleção da Rodada no campeonato local, em 11 jogos, Hugo Gomes marcou três gols e deu duas assistências:
“É um recomeço para mim. O que importa é daqui para frente é conseguir dar sequência em fazer um bom papel e evoluir. Ainda tenho muitas coisas para fazer na carreira. Como as portas se abriram, estou fazendo valer a pena e quem sabe eu possa voltar para um cenário maior depois”, lembrou.
Após empréstimo do Flamengo, Hugo teve passagem pela Europa
Jajá chegou ao time principal do Flamengo em 2015. Contudo, nunca conseguiu se firmar. Em 2018 acabou indo jogar no Kalmar, da Suécia.
O jogador relembrou a passagem pela Europa. De acordo com ele, o período foi de aprendizagem:
“É um país de primeiro mundo. Aprendi muito coletivamente e taticamente, eles têm paciência para ensinar. Queria ter jogado mais vezes. O campo de treino todo tinha câmera e tinha um aplicativo para você rever o treino”, explicou.
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E prosseguiu, destacando os recursos que não são comuns no Brasil:
“Eles me mostravam o que deveria fazer nos treinos e o que precisava melhorar porque tinha qualidade. Para eles, a parte tática vem antes do individual”, relembrou Jajá.
Apesar da boa fase, os últimos anos foram difíceis para Hugo. O meia desabafou ao lembrar o período em que treinava sozinho à espera de alguma oferta:
“Foi o período mais difícil da minha vida. Quando as portas se fecham, qualquer pessoa fica chateada. Você pensa em várias possibilidades, em parar de jogar e o que vai fazer. Mas, graças a Deus, tive pessoas que me ajudaram muito”, declarou.
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