Zico revela fator crucial para era dourada dos anos 80: ‘Grupo iria se desfazer’

O maior ídolo da história do Flamengo se encontrou com um dos ídolos mais recentes do clube. Zico e Diego Ribas juntos se juntaram e fizeram um ‘crossover’ que certamente mexe com os torcedores do Mengão, já que são os únicos dois jogadores que foram campeões da Libertadores vestindo a 10 do Mais Querido. O encontro aconteceu na participação do Galinho no podcast ’10 e faixa’, do canal oficial do meia aposentado em 2022.

Um dos assuntos foi a primeira geração de ouro do Flamengo. Os anos 80 do Mengão elevaram o patamar do clube, mas poderia ter sido muito diferente. Isso porque um título carioca teria sido crucial para a manutenção da equipe. Ao menos, é no que acredita Zico. O eterno craque explica que sua geração, ou seja, o time das categorias de base, venceu o Carioca em 1974 na primeira temporada com o Galinho como titular.

Leia mais: Zico volta a detonar grama sintética no Brasil: ‘Grande absurdo’

Mas o mesmo não se repetiu nos anos seguintes. Com as expectativas sobre o time, a Nação esperava que o mesmo acontecesse no ano seguinte. Mas em 1975, 1976 e 1977, o Flamengo não ficou com a taça. Para Zico, a equipe teria sofrido um desmanche caso não desse frutos em 1978.

Isso porque o grupo sofria muita pressão para voltar a conquistar títulos e Zico tem plena certeza de que se não fosse campeão carioca em 1978, a história do Flamengo seria muito diferente. O Galinho cita ainda a chegada das gerações seguintes para compor o grande time que foi campeão da América, do mundo e que empilhou Brasileiros.

Confira a aspa de Zico:

“Primeiro ano, campeão carioca de titular. Os regionais eram como se fossem os Brasileiros hoje. A Seleção Brasileira era carioca. Não tinha uma integração do Brasil inteiro. Isso dava uma importância grande aos Estaduais. Ganhamos em 74, vem 75, 76, 77, fora. Se a gente não ganha em 78, com certeza aquele grupo iria se desfazer. A gente ganhou. Dali tivemos a felicidade de ter três gerações que se encaixaram. A minha, do Cantareli, Rondinelli, Geraldo, Júnior. Veio Tita, Adílio, Andrade. Depois veio Mozer, Figueiredo, Anselmo. Juntou três gerações espetaculares”, conta Zico.

Zico exalta sua história no Flamengo

Zico diz respondeu ainda sobre a história que viveu no Mengão e, por fim, não titubeou. Além disso, ressalta que dedicou toda a sua vida ao clube: “Nada se compara (ao que eu vivi no Flamengo). Muito forte em todos os aspectos. Foi uma vida inteira de esforço, melhoria, momentos complicados, insegurança. Saber se vai seguir. Das pessoas acreditarem. Ou não acreditarem”, disse, antes de finalizar: “Do time campeão do mundo, tinham 11 jogadores que jogaram na base. É muita coisa”.