Vinicius Júnior faz história no Real Madrid e já se tornou ídolo no clube espanhol com apenas 23 anos. O atacante é um dos xodós dos torcedores e deve permanecer no clube por alguns anos. No entanto, o craque revelou promessa ao seu pai e afirmou que irá retornar ao Flamengo no futuro.
“Real Madrid? Eu poderia ficar aqui a carreira toda, mas o clube da minha vida é o Flamengo. Prometi ao meu pai que voltaria um dia. Devo respeitar essa promessa”, disse Vinicius Júnior, em entrevista ao jornal francês L’Equipe.
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Destaque desde muito jovem, Vini foi vendido pelo Flamengo ao Real Madrid com apenas 16 anos e teve pouco tempo nos profissionais. O craque permaneceu no clube até completar 18 anos, em julho de 2018, e ganhar a permissão legal para atuar por clubes estrangeiros profissionalmente.
Vinicius disputou apenas 63 partidas com o Manto Sagrado, marcou 15 gols e deu cinco assistências. Apesar do curto período, o atacante era um dos melhores jogadores do Brasil na temporada e o Rubro-Negro teve grande queda após sua saída.
A evolução no futebol europeu fez de Vini Jr um dos melhores jogadores do mundo na atualidade. O Garoto do Ninho assumiu o protagonismo do ataque espanhol após a saída de Karim Benzema e segue em grande fase. Ele disputou apenas sete jogos nesta temporada devido à lesão muscular, mas já marcou três gols e deu uma assistência.
Vinicius fala sobre luta contra o racismo: ‘Se eu for o único contra o racismo, o sistema vai me esmagar’
Infelizmente, a ida para Espanha também resultou em muitos casos de racismo contra Vinicius e o jogador decidiu se tornar uma referência na luta contra o preconceito. Durante a entrevista ao L’Equipe, Vini comenta a importância de outros atletas e autoridades se manifestarem.
“Quando estamos todos juntos, quando pessoas importantes abordam o assunto, como o presidente do Brasil (Lula), como o presidente da Uefa (Aleksander Ceferin), como Kylian (Mbappé), como Neymar, grandes jogadores, como Rio Ferdinand, que sempre me escreve e está comigo nessa luta, isso necessariamente tem mais peso – completou Vini Jr., confirmando que recebeu apoio de instituições como a Uefa e a Fifa nos episódios que sofreu, mas que “assim que acaba, não falam mais com você”.
O episódio no estádio do Valencia, quando a torcida do time se juntou para cometer racismo, certamente chamou atenção do mundo para os crimes contra Vinicius. Quase cinco meses após o caso, o clube não recebeu qualquer punição esportiva e ainda pediu retratação do atleta por alegar que o estádio inteiro foi racista.
“Em Valência, todo um grupo no estádio insulta um jogador e, na partida seguinte, podem jogar normalmente? Com o público, sem perder pontos, sem punição? A mudança vai passar por isso. Acredito que devemos tomar medidas para que os racistas tenham medo de dizer coisas que possam me afetar e também suas vidas” criticou Vini Jr.
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