A diretoria do Valencia, da Espanha, ameaçou processar o atacante Rodrygo após comentários sobre os casos de racismo que Vinicius Júnior sofre no futebol espanhol. Companheiro do ex-Flamengo no Real Madrid, o atleta revelou tristeza ao ver o “estádio inteiro” do Valencia chamando Vini Jr de macaco.
“Muita gente fica falando que a Espanha é racista, eu vivo aqui e acredito que não seja um país racista. Eu acho que o racismo está no mundo inteiro, e pode ter pessoas aqui que sejam racistas, mas o país em si não é racista. Mas claro, eu estava ali dentro de campo e vi o estádio inteiro gritando ‘mono’ (macaco em espanhol). Como eu falei, também acontece comigo, eu sou negro também, como o Vini.”, disse.
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Em nota, o Valencia afirmou que as declarações de Rodrygo são “graves mentiras” e ameaçou tomar “medidas legais” contra o jogador brasileiro. Assim como fez durante todo o caso, a preocupação do time espanhol não é evitar ou punir casos de racismo. A diretoria tenta vender a narrativa que apenas alguns torcedores foram racistas, enquanto o resto gritava “tonto” para o jogador.
Rodrygo usou as redes sociais para explicar as declarações e afirmar que quis se referir apenas “àquelas pessoas do estádio que cometeram racismo contra o Vini.” Além disso, ressalta que não concorda em considerar a Espanha um país racista.
Vini Jr é escolhido líder de comitê inovador criado pela Fifa
Vinícius Júnior está com a Seleção Brasileira para disputar dois amistosos durante a Data Fifa. Nesta quinta-feira (15), a deleção brasileira recebeu a presença de, Gianni Infantino, presidente da Fifa. Durante o encontro, o mandatário da entidade convidou o jovem para liderar novo comitê antirracismo.
Em entrevista, o presidente comentou as funções que os novo comitê irá desempenhar e pretender montar um grupo de jogares em atividade para participarem do projeto.
“Vamos criar um grupo de jogadores em atividade, que se reúnem com a Fifa para propor medidas concretas, porque nós, como dirigentes, nossa responsabilidade mais importante é dar aos jogadores as melhores jogadores para dar alegria para a gente. A primeira etapa tem que ser escutar os jogadores, seus sentimentos e suas propostas. Depois, para mim, o que é muito claro é que não há futebol se há racismo. Quando há racismo, temos que parar os jogos. Não tem nada o que fazer, tem que parar os jogos”, disse Gianni Infantino.
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