Em um mês de Rogério Ceni, Fla tem duas eliminações, domina posse de bola e demonstra falta de precisão nas finalizações
No dia 10 de novembro de 2020, uma contratação bombástica abalava as estruturas do futebol brasileiro. O maior ídolo da história do São Paulo aceitava o convite para ser técnico do clube de maior torcida do Brasil. 30 dias depois, é completado um mês de Rogério Ceni no Flamengo. Abaixo, traremos todos os números das sete partidas em que o ex-goleiro esteve no comando.
Um aspecto que merece destaque diz respeito às finalizações. Em seis partidas, o Flamengo finalizou mais que dez vezes a meta adversária. Apesar desse fator, somente em um jogo o Mais Querido marcou mais de um gol em apenas um jogo, contra o Coritiba. Nas demais, o que se percebe é uma falta de precisão na hora de definir as jogadas.
Ao todo, são duas vitórias, três empates e duas derrotas. Ambas as vitórias vieram contra times do Z-4 (Coritiba e Botafogo, 18º e 19º, respectivamente), enquanto os dois revezes foram sofridos para o mesmo adversário, o São Paulo. O número dois também serve como referência para outra mazela no período de Rogério no Fla: as eliminações.
No geral, Flamengo tem maior número de finalizações
Rogério estreou na partida diante do São Paulo, no Maracanã. Apesar da derrota, o rendimento agradou. Tendo em vista que o último confronto recente entre as duas equipes terminou em goleada da equipe paulista, com um domínio tático dos visitantes, o desempenho no jogo da Copa do Brasil demonstrou evolução.
A posse de bola foi rigidamente equilibrada em 50% para cada lado. Mas nas finalizações, superioridade rubro-negra: 12 a 4. No entanto, um dos grandes obstáculos no caminho do Flamengo nessa temporada tem sido a quantidade de chances desperdiçadas. Enquanto o São Paulo finalizou três vezes no gol, marcando em duas, o Rubro-Negro chutou seis bolas na direção da meta, convertendo apenas uma.
Tal característica se manifestou constante nas demais partidas. Dos sete jogos sob o comando de Rogério, em seis o Flamengo foi superior no número de arremates. Apenas no duelo contra o Racing, na Argentina, o Mais Querido teve um número inferior (10 a 7 para os argentinos). Confira, abaixo, as estatísticas referentes a finalizações.
Flamengo 1×2 São Paulo – 12×4
Flamengo 1×1 Atlético-GO – 20×10
São Paulo 3×0 Flamengo – 8×17
Flamengo 3×1 Coritiba – 23×6
Racing 1×1 Flamengo – 10×7
Flamengo 1×1 Racing – 19×5
Botafogo 0x1 Flamengo – 13×14
Em um mês de Rogério Ceni, Flamengo é quem dá as rédeas
Outra tônica observada nas partidas do Flamengo sob o comando do novo técnico vem da posse de bola. Em nenhum dos confrontos, o Mais Querido teve menos que 50% de bola nos pés. A marca estritamente equilibrada se deu apenas diante do São Paulo, Rio de Janeiro. Ainda assim, algo notável, já que os times de Fernando Diniz se caracterizam por ter deter a redonda por mais tempo que seus oponentes.
Nas demais ocasiões, a superioridade nessa estatística se deu até em partidas que o domínio foi do rival. Como exemplo, o jogo de ida das oitavas da Libertadores, na qual o Racing teve mais oportunidades e foi melhor no âmbito geral, mesmo tendo 46% de posse. No cotejo de volta, embora tenha jogado uma parte do segundo tempo com um a menos, o clube carioca passou 2/3 do jogo com a bola nos pés.
Essa mesma porcentagem se repetiu diante do Botafogo, no compromisso seguinte. Porém, com uma diferença que merece atenção: o alvinegro da estrela solitária finalizou oito vezes mais que os argentinos. Mas não para por aí. Afinal, ao todo, o Flamengo teve mais de 60% de posse de bola em cinco partidas. Foram elas:
vs Atlético-GO (65%)
vs São Paulo, no Morumbi (66%)
vs Coritiba (61%)
vs Racing, no Maracanã (66%)
vs Botafogo (66%)
Número de expulsos assusta
Em um momento que se discute tanto a necessidade de um psicólogo para lidar com os atletas do futebol, um detalhe chama a atenção no Flamengo de Ceni. Em sete partidas, foram quatro expulsões. Três contra o Racing (Thuler e Natan na Argentina, Rodrigo Caio no Rio) e uma contra o Botafogo (Gustavo Henrique). A efeito de comparação, em 26 jogos que Domènec Torrent esteve no cargo de treinador do Rubro-Negro carioca, foram duas expulsões.
Créditos da imagem destacada no post e nas redes sociais: André Durão
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