A Nação 12 foi homenageada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na última terça-feira (17). A torcida organizada do Flamengo aboliu cantos LGBTfóbicos de seu repertório nos estádios há cinco anos.
A organizada do Flamengo tomou a decisão em 2017 e é considerada a pioneira na luta contra o preconceito nos estádios.
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Os parlamentares destacaram na homenagem à Nação 12. “Não se trata de querer um futebol “chato”. Há entendimento de que futebol tem que ter clubismo, rivalidade, cobrança por vibração dos jogadores, que entrem firme nas divididas e que a torcida siga promovendo provocações às torcidas adversárias, desde que não haja preconceito de nenhuma natureza”, segundo trecho da matéria da jornalista Gabriela Moreira.
Entenda o pioneirismo da organizada do Flamengo
A Nação 12 foi fundada em 2009, e tomou uma decisão importante no Dia do Orgulho LGBT em 2017. A ideia foi de não cantar mais música com conotação homofóbica contra o Fluminense.
Os integrantes da organizada do Flamengo informaram na época que iam “pendurar” o canto, por meio de suas redes sociais.
“Informamos que ‘penduramos’ a música que tem o verso com teor homofóbico ao qual nos referimos a um de nossos rivais e pretendemos voltar a cantá-la assim que encontrarmos uma solução para esse trecho”, escreveu a organizada em sua página do Facebook.
“Entendemos que, para zoarmos e diminuirmos nossos rivais, temos n motivos. Como no caso do clube das Laranjeiras, em que podemos citar a ida à Série C, seus quatro rebaixamentos, sua dívida de Série B, terem um presidente do CRF na sua ata de fundação, dentre outros motivos, sem precisar apelar”, afirmou.
O Flamengo postou na terça-feira (17) nas redes sociais uma mensagem celebrando o combate à LGBTQIA+ fobia. O dia 17 de maio é celebrado em mais de 130 países como um dia fundamental na luta pelos direitos e contra a violência aos membros da comunidade.