Por Diogo Almeida. Twitter: @DidaZico
Com Bruno de Laurentis
O Flamengo divulgou que 45.213 ingressos já foram vendidos para Flamengo x Atlético-MG. O jogão contra um dos maiores rivais do Rubro-Negro acontece nesta quinta-feira, às 20h e vai marcar mais uma vez a doce rotina de um Maracanã lotado em lua-de-mel com o time que lidera o Brasileirão. Não deixe de sentir a emoção desta partida com o código promocional 1XBET.
Média de público do Flamengo na competição
Segundo dados do GloboEsporte.com, que faz um acompanhamento do público pagante dos clubes brasileiros, o Flamengo tem a média de 52.639 nas partidas do Campeonato Brasileiro. O confronto diante do alvinegro mineiro tem tudo para aumentar ainda mais essa média – cerca de 15 mil ingressos ainda estão disponíveis para venda.
A taxa de ocupação do Flamengo no Maracanã no Brasileirão 2019 é de 81%. Corinthians e Palmeiras, com seus estádios próprios estão atrás do Flamengo neste quesito, com 75% e 72% respectivamente.
Incrível como as autoridades responsáveis pelo projeto de reconstrução do Maracanã fecharam os olhos para o fato de que ele seria usado pelos clubes cariocas e que também receberia grandes e pequenas torcidas visitantes. Não prever a acomodação visitante sem ter que fechar um espaço com 7.400 lugares (foto) não pode ser considerado apenas um pequeno erro de projeto. Não podemos esquecer que o Maracanã ainda tem 4.968 cativas que não podem ser comercializadas pelo clube.
Mas como aumentar a capacidade e explorar melhor a demanda?
Bruno De Laurentis, no seu blog “Deixou Chegar” e em suas redes sociais, aborda constantemente a questão do aumento de capacidade do Maracanã com a retirada das cadeiras atrás dos gols. Abaixo vamos transcrever uma de suas sequências de tuítes explicando o desafio do presidente Rodolfo Landim em cumprir uma de suas promessas de campanha.
Apesar de algumas arrobas seguirem espalhando que o clube vai retirar todas as cadeiras atrás dos gols para AUMENTAR o número de ingressos vendidos para torcedores, digo desde antes da campanha que não é assim. Nada é tão fácil – e barato.
O clube pensa em retirar cadeiras de um setor do estádio, o que diminuiria custo com reposição das caras cadeiras Giroflex. Porém, para aumentar a carga de público, é necessária obra estrutural para aumentar saídas.
Estádios respondem a regulamentações diversas. Dentre elas, está o plano de evacuação, que determina que o mesmo deva ser evacuado em X minutos. Então, se o seu estádio vende 62 mil ingressos mais as gratuidades, para que o público saia nesse tempo são precisos X acessos/túneis/rampas.
Os corredores de acesso (entrada e saída) são chamados de vomitórios. Os corredores de circulação são os gangways, e precisam ter largura para comportar o público que vem dos vomitórios. Isso tudo foi definido na construção e qualquer obra significaria mexer na estrutura.
Longe de ser obra barata, uma arquibancada sem cadeiras demanda ainda instalação obrigatória de retentores, que são estruturas que impedem avalanche humana, como nas novas arenas inauguradas (Grêmio/Corinthians) e que também são instaladas quando a arquibancada é muito vertical.
O que é possível? Bem, o plano de evacuação do Maracanã contempla uso dos túneis de acesso ao gramado para público no caso de shows com pessoas na pista/gramado. O Flamengo pode fazer um projeto para que haja saídas pro campo e com plano de uso desses grandes túneis.
De qualquer forma, esta ideia permitiria a retirada apenas do setor Norte e Sul INFERIOR.
O SUPERIOR demandaria abertura de novos vomitórios. Talvez a reabertura do acesso superior às rampas monumentais. Apenas um estudo sério fará acontecer. Agora, você crê que o Fla fará isso?
O Flamengo terá o estádio por até um ano, ou até abril de 2020. Sem garantias ainda de que concorrerá à licitação de 25 a 35 anos do estádio a partir dali. Alguém aí é inocente de imaginar que o clube gastará dinheiro com isso?
Também muito importante, viabilizar um acesso exclusivo para setor com 7.438 lugares para visitantes (10%) para que clube perca menos ingressos disponíveis para venda por jogo. O custo dessa obra ficaria em 140 milhões de reais e só teria sentido se Fla fosse o concessionário.
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