A sequência de péssimos resultados, com derrota por 3×0 para o Cuiabá, eliminação precoce na Libertadores e empate contra o time reserva do São Paulo segue repercutindo. Na manhã desta terça-feira (15), torcedores voltaram ao Ninho do Urubu para protestar e levaram faixas em tom de cobrança contra jogadores e diretoria.
O protesto foi feito por membros da 18ª Região da Raça Rubro-Negra, grupo da Baixada Fluminense da principal torcida organizada do Flamengo. Insatisfeitos com o atual momento do time, os torcedores dispararam contra os jogadores e exigiram comprometimento: “Joguem como homens”, “Vencer, vencer, vencer!”.
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Mas o grupo de jogadores não foi o único alvo do protesto da Raça Rubro-Negra: “Diretoria Frouxa” foi uma das faixas levadas pela 18ª Região. Em seu Twitter oficial, o grupo ainda pediu as saídas de Rodolfo Landim, Marcos Braz, Fabinho Soldado e Juan:
“Seguimos cumprindo nosso papel!!! Jogadores e dirigentes passam, Flamengo é eterno Respeitem a nação #foraBraz #Landimomisso #foraJuan #foraFabinho“
Este é mais um protesto que acontece no Ninho do Urubu desde a eliminação para o Olimpia na última quinta-feira. No último sábado, os muros do centro de treinamento amanheceram pichados, com frases como “Fora Landim”, “Mengo é do Povão” e “SAF não”.
Dirigente do Flamengo fala sobre protestos da torcida
Em meio a insatisfação geral da torcida e dos diversos protestos realizados tanto no Ninho do Urubu quanto no Maracanã, durante os jogos, Diogo Lemos, membro do Conselho de Futebol do Flamengo, falou sobre o assunto em entrevista ao jornalista Venê Casagrande. O dirigente comentou sobre o assunto após o jogo contra o São Paulo, no último domingo, e defendeu o direito do torcedor de protestar:
“O torcedor do Flamengo é soberano e pode protestar da maneira que quiser, dentro dos limites da lei. Xingar, vaiar, cobrar, fazer faixas, etc. Seja nas redes sociais, na rua ou no estádio. Tudo isso faz parte e é direito irrevogável do torcedor. Não tenho nenhum problema com isso. Quem me conhece sabe a minha história de arquibancada. Eu converso com as lideranças de todas as nossas organizadas e com o torcedor comum que me aborda também. Cabe ao dirigente trabalhar e fazer o seu melhor. Não é papel nosso rebater torcedor. O Flamengo é o maior por causa da sua torcida e ela tem todo direito de protestar quando não está satisfeita”.