O técnico Jorge Castilho venceu o Flamengo comandando o Maringá na ida da Terceira Fase da Copa do Brasil. Foi um grande feito na carreira do técnico, que precisa sobreviver com outros empregos. A folha salarial dos dois elencos tem uma diferença absurda, e isso se dá muito pelo calendário. Quando o time paranaense fica sem jogar, Jorge precisa trabalhar como motorista de aplicativo.
A reportagem da RPC, do Paraná, fez uma entrevista com o treinador que foi ao ar no dia 6 de abril. O profissional está em alta, caindo do Paranaense somente na semifinal, para o Athletico. Em 2020, foi vice da segunda divisão estadual, elevando o nível do clube ano a ano. Jorge comentou que ainda não tinha recebido proposta de renovação ou de outra equipe.
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“Ah, tem que trabalhar, né? Acabou o primeiro semestre, não tivemos nenhuma proposta ainda então tenho que me virar”, diz o profissional. No entanto, atualmente o Transfermarkt mostra que o treinador tem contrato com o Maringá até abril de 2024. Jorge já havia manifestado desejo de permanecer: “Meu desejo é ficar. É um clube que tenho identificação. Minha família gosta da cidade. Tem tudo para continuar, da minha parte está tudo certo”.
O trabalho de Jorge Castilho como motorista de aplicativo
Na reportagem, Jorge Castilho explica que trabalha como Uber para complementar sua renda. Até porque, além de sua família, o treinador busca manter e investir em um projeto social que dirige com o intuito de revelar jovens jogadores.
“Eu optei por trabalhar em aplicativo porque é uma maneira de levar sustento para casa e dar continuidade no meu projeto social que tenho no Guarujá. A gente revela alguns atletas, indica para clube, é outra opção que tenho de trabalho”, conta o técnico que venceu o Mengão, antes de se mostrar alegre com o reconhecimento do público: “As pessoas param na rua, às vezes almoço no shopping e as crianças e jovem me reconhecem. É gratificante, não tem preço”.
Jorge Castilho chegou a jogar profissionalmente, mas teve encerramento precoce na carreira. Ele parou com 21 anos depois de rodar por alguns clubes modestos de São Paulo e Minas Gerais. Nascido em Santos, hoje Jorge tem 41 anos e busca crescer como treinador.