Sabadão vespera de decisão. O que fazer? Que tal uma musiquinha para relaxar e já entrar no clima para o jogão de amanhã (20), contra o vasco, pela semifinal do Campeonato Carioca 2022. Mesmo se perder por um gol de diferença, o Flamengo se classificará para a grande final, contra Fluminense ou Botafogo.
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O Mundo Rubro-Negro decidiu então preparar essa pequena lista de clássicos do cancioneiro flamengo. São 7 músicas da nossa rica música popular brasileira que homenageiam, citam ou usam o Flamengo como fio condutor. Tentamos fugir das mais óbvias, como Aquele Abraço, do genial Gilberto Gil, ou País Tropical e Fio Maravilha, do indispensável Jorge Benjor. Fomos atrás de pérolas mais raras, mas igualmente brilhantes. Será que você vai gostar? Vamos lá.
1 – Gol Anulado (Aldir Blanc / João Bosco)
Uma dupla que exala carioquice. Bosco rubro-negro e Blanc vascaíno. Essa obra-prima politicamente incorreta seria cancelada se lançada como inédita nos dias de hoje (E com razão. Vamos respeitar as minas). Como foi lançada no álbum Galos de Briga, de 1976, deve ser encarada como um reflexo de outros tempos. Pobre moça que não se aguentou com os gols de Zicão e sofreu nas mãos do marido vascaíno.
2 – Eu Vou Torcer (Jorge Benjor)
Uma noite, grande amigo meu, empolgado e levemente ébrio, me disse ao pé do ouvido. “Não existiria música popular brasileira sem Jorge Benjor. O disco A Tábua de Esmeralda tem mais valor que todos os discos dos Mutantes.” Sem entrar no mérito, Benjor é sim fundamental. Ouça Jorge Ben (1969), A Tábua de Esmeralda (1974), Solta o Pavão (1975), Africa Brasil (1976). Ouça muito. Eu vou Torcer é de 74 e cita o Flamengo em um único verso, mas é o suficiente.
3 – Ilmo. Sr. Ciro Monteiro (Chico Buarque)
Essa música é uma resposta do tricolor Chico para o grande amigo e rubro-negro fanático Ciro Monteiro, lançada em 1970, no álbum Chico Buarque de Holanda No 4. Monteiro tinha a desavergonhada mania de presentear os filhos e filhas recém nascidos de amigos e amigas com um belo manto. Com muita educação, o dono dos olhos mais azuis da MPB, agradeceu o presente, mas garantiu que a filha Silvia Buarque de Holanda não escaparia de sofrer com o tricolor carioca, como o pai.
4 – Samba Rubro-Negro (João Nogueira)
A primeira regravação da lista merece estar aqui pois exala espírito rubro-negro. Originalmente composta e gravada por Wilson Batista, em 1954, ganhou uma nova versão nos anos 1980 na voz de outro torcedor fanático do Flamengo. Nogueira inclusive tomou a liberdade de fazer uma mudança na letra para citar os craques do time inesquecível de Zico e companhia. Saíram Rubens, Dequinha e Pavão e entraram Zico, Adílio e Adão. Se fosse regravada mais uma vez, no pós-2019, provavelmente seriam citados Gabi, Arrasca e Arão.
5 – Cadê Tereza (Jorge Benjor)
Claro que Benjor não poderia ter apenas uma música do Flamengo na lista. Cadê Tereza, lançada em Jorge Ben (1969), nem cita o Flamengo na letra em si. Porém, nos momentos finais da canção, quando o fade-out já está em curso, Jorge diz as palavras que todo rubro-negro ou rubro-negra um dia já disse para aquela pessoa especial. Ao implorar pela volta da amada, Benjor admite: “Depois de você, Tereza, bem depois… só o Flamengo.”
6 – Saudades do Galinho (Moraes Moreira)
O mundo parecia ter acabado para os rubro-negros em 1983, quando foi anunciada a venda de Zico para a Udinese, da Itália. Enquanto milhões choravam e rangiam dentes, Moraes Moreira resolveu cantar suas mágoas em ritmo de marchinha de carnaval. Sucesso imediato, a música abria com a pergunta que todos os torcedores do Flamengo estavam se fazendo: “E gora como é que eu fico, nas tardes de domingo, sem Zico no Maracanã?” Ainda bem que ele voltou dois anos depois.
7 – O Camisa Dez da Gávea (Jorge Benjor)
Se Moraes Moreira fez a maior música de saudades do Galinho, coube a Benjor fazer a maior homenagem ao seu talento em campo. Essa pérola lançada no álbum África Brasil (1976) casa direitinho com um vídeo repleto de gols do craque. São dois gênios dialogando. Aperte Play.
Gostou? Essa é uma pequena mostra. Deixe a sua sugestão nos comentários. O Flamengo mereceu centenas de outras homenagens em seus 127 anos de história. Claro que nenhuma melhor do que a que escolhemos para fechar essa matéria. Direto dos inesquecíveis anos 1990.
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