O Flamengo inaugurou na segunda-feira (6) a Arena Fla Gávea de Beach Tennis, na sede social localizada na Zona Sul carioca. A empreitada acontece em meio a nova crise instaurada após maus resultados no futebol e problemas no departamento médico do clube.
A notícia da inauguração da mais recente área esportiva foi bastante criticada nas redes sociais. Segundo estes descontentes torcedores, a atual diretoria estaria mais preocupada com assuntos relacionados à sede social do que com o profissionalismo na gestão do futebol, área que gera muita receita e faz a marca Flamengo ser reconhecida por todo o mundo.
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Um dos nomes mais fortes da oposição e candidato a presidente nas últimas eleições, Walter Monteiro publicou texto em seu perfil no Twitter criticando a inauguração das quadras salientando como o sócio da Gávea tem seu lazer realizado enquanto os torcedores comuns seguem preocupados com o futuro do time.
Recentemente, o Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou a inclusão da categoria “Contribuinte Off-Rio” no quadro associativo do clube, limitando a nova categoria a 20% do total de sócios contribuintes, mas sem poder ultrapassar mil. A decisão gerou uma série de críticas de grupos de oposição, enquanto, na situação, é quase unanimidade.
O jornalista e colaborador assíduo do MRN Matheus Berriel, que comanda o perfil Fla em Tudo, repercutiu o fato do Flamengo gastar dinheiro em um equipamento destinado exclusivamente ao sócio. O Flamengo não tem equipes oficiais de Beach Tennis atualmente. “Sou a favor do clube social e do seu crescimento, mas o foco deve estar nos esportes oficiais do Fla”, escreveu Matheus Berriel.
Na Gávea sai futevôlei, entra o beach tennis
A recém inaugurada arena ocupa o mesmo espaço onde ficava a estrutura do beach soccer e que ficou abandonada por quase uma década pelas gestões do clube. Sua implementação foi financiada por empresas privadas, sem custos para o Flamengo, e os valores não foram divulgados.
Para o presidente Rodolfo Landim, o empreendimento abre a possibilidade para a prática da modalidade, uma febre no Brasil, não apenas por sócios, mas também pelo público em geral.
“A quantidade de pessoas que praticam o esporte é muito impressionante. E a forma como isso está crescendo… Por onde eu passo, nas praias, cada vez eu vejo mais quadras de beach tennis. Essa é mais uma entrega honrando promessa de campanha de fazer da nossa Gávea o melhor clube poliesportivo do país. Tenho certeza que vai ser um grande sucesso”, afirmou.
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Serão oferecidas oficinas e aulas de beach tennis, além de curso de formação de professores. As inscrições para quem não é sócio poderão ser feitas pelo site do Arena Fla Gávea. Será possível fazer aulas experimentais gratuitas. O coordenador da iniciativa é o ex-jogador Gui Prata, campeão do mundo de beach tennis em 2013 e cinco vezes eleito o melhor atleta do Brasil na modalidade.
“Não foi um projeto fácil nem barato, mas depois de todas as dificuldades para construir e reconstruir algumas coisas, conseguimos entregar a melhor arena do Rio de Janeiro no maior clube da cidade”, disse Gui.
O projeto passou por uma série de ajustes desde o primeiro escopo, devido a uma série de barreiras impostas pela área de patrimônio, mas após mais de um ano de trabalhos saiu do papel.
“Tínhamos como uma de nossas metas nesta gestão transformar o Flamengo no melhor clube sócio-esportivo do Rio de Janeiro e, certamente, precisávamos fazer algumas reformas. Durante os três primeiros anos, tivemos uma dedicação enorme para correr atrás e ficamos felizes de termos o retorno dos sócios, de que o clube está muito mais bem mantido. Demos destino a outras áreas, e a sacada deste projeto foi muito bacana”, celebrou Landim.