Com a saída de Wallim Vasconcellos, o presidente Rodolfo Landim decidiu recorrer a um nome experiente para assumir a Vice-Presidência de Finanças do Flamengo: Rodrigo Tostes, que já ocupou o cargo entre 2013 e 2015, início do processo de recuperação econômica do clube sob gestão da então chamada “chapa azul”. A notícia foi dada inicialmente pelo blog do jornalista Ancelmo Gois,
Tostes foi fundamental no processo de negociação para a obtenção das CNDs (certidões negativas de débito), primeiro passo para a recuperação do clube, já que permitiu a renegociação de dívidas e suspensão de penhoras, além da obtenção de patrocínios incentivados e obtenção de empréstimos em melhores condições. Com isso, o Flamengo conseguiu reduzir sua dívida em cerca de R$ 190 milhões no período de dois anos e oito meses nos quais Tostes ocupou a pasta.
O vice-presidente, porém, também ficou marcado pela polêmica promessa não cumprida de que a renda da final da Copa do Brasil de 2013 — que teve os ingressos mais caros já cobrados pelo Flamengo na história e até hoje é a maior do clube, superior a R$ 9 milhões — seria usada para contratar em definitivo o volante Elias, que acabou indo para o Corinthians.
Após um esforço infrutífero para manter unida a chapa azul – na época, ele tentou articular uma chapa encabeçada por Landim para acabar com o racha entre Eduardo Bandeira de Mello e Wallim -, Tostes deixou o cargo em agosto de 2015 e apoiou Wallim na eleição daquele ano. Com a derrota para Bandeira, Tostes acabou se afastando da política do clube, e passou à se decidar a suas funções à frente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016, no qual assumiu função de diretor-executivo.
No cargo, ele negociou com o Flamengo para que o Maracanã fosse liberado antes do prazo previsto após a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, quando a Odebrecht se recusou a receber o estádio de volta do comitê e o Flamengo teve que arcar com parte dos custos para reabertura. A negociação permitiu que o Flamengo mandasse no estádio o jogo contra o Corinthians, que inicialmente não poderia ser realizado no local pelo fato de o estádio ainda estar sob responsabilidade do Comitê Olímpico.
Após a Olimpíada, Tostes se tornou CEO da VLT Carioca, que cuida do sistema de transportes construído como parte do legado olímpico. Ele deixou a função em 2018 para fundar uma start-up que fabrica e vende produtos naturais de limpeza no formato de cápsulas. No ano passado, se mudou para os EUA para estudar na Universidade de Stanford. Em uma entrevista ao site da universidades, falou sobre sua experiência em gestão de crises, que pode ajudar o Flamengo no momento em que o clube ainda lida com as repercussões do incêndio no Ninho do Urubu.
“O primeiro impulso no mundo corporativo é que alguém venha a público dar desculpas, Mas ser transparente e contar a verdade e explicar o que você vai fazer para resolver o problema cria a confiança que é necessária para sair da situação crítica. Desculpas não funcionam a maior parte do tempo., Ser transparente é a maneira mais eficiente de sair da crise. Seu trabalho é assumir a responsabilidade quando você comete um ero. As empresas geralmente são avaliadas por como elas respondem a uma crise, não pela crise em si”, afirmou ele, que à frente do Comitê Olímpico teve que lidar com a crise nos alojamentos da Vila Olímpica dias antes do início dos Jogos de 2016,
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