Renato Veltri: Para abrir os paladares

O futebol brasileiro começou em 2023 e com ele os enfadonhos estaduais. Minha saudade de ver o Flamengo jogar, entretanto, faz com que eu mude meus planos de uma quarta à noite para assistir um preguiçoso Rubro-Negro enfrentar o Madureira. Se no primeiro jogo pudemos ver algumas coisas interessantes, o segundo foi bem o contrário.

Todos estavam com uma preguiça enorme em campo e até eu tive uma preguiça enorme de assistir. Foi muito difícil me segurar pra não abrir o FarCry 6 durante a partida. E o teor deste texto foi mudando com o jogo.

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Estava determinado a escrever sobre como precisamos paciência com esse início. Mas cada erro grotesco que o Varela cometia me fazia perder a paciência com ele, tendo em vista que já tinha sido o pior em campo pra mim no jogo anterior (Flamengo x Portuguesa). Por fim, me lembrei que que o Mundial bate à porta e que precisamos estar prontos para ele.

Um certo desespero tomou conta deste que vos escreve, mas aí eu saí do Twitter. As redes, recheadas por torcedores que entendem menos de um terço de futebol que o Vitor Pereira – eu incluso – estavam em polvorosa com a péssima partida do Mengo e com algumas escolhas do treinador.

Mas caiamos na real, era apenas um jogo contra o Madureira. Uma espécie de amistoso valendo três pontos que precisamos entender que é para isso mesmo. Durante a Copa o Manchester United perdeu pro Cádiz em amistoso. Após a volta, o time engatou sete vitórias, sendo uma delas contra o Manchester City.

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Até mesmo a aparente escolha extravagante de Vitor Pereira por Marinho na lateral é não apenas justificada como o desespero com isso não faz muito sentido. Marinho é um problema seja qual for a posição que ele entre. O jogador é impossibilitado por sua própria natureza de tomar uma decisão correta e isso se dará jogando adiantado pela direita, ou mais recuado pela esquerda. O erro Marinho já foi cometido pelo Rubro-Negro.

Tudo isso pra dizer a importante frase “Torcedores, calma!”. Estamos em início de temporada e esses jogos servem para abrir o paladar e dar quilômetros às pernas, como disse o treinador. Precisamos sim, de evolução rápida já que o prato principal terá que ser servido em alguns dias. Até lá, aguardemos e tenhamos em mente que cada jogo é uno, com sua própria história e particularidades.