Preparador físico rebate críticas e dispara contra Sampaoli

Sem conseguir emplacar uma sequência de boas atuações desde que chegou ao Flamengo, Jorge Sampaoli vem batendo na preparação física do elenco. O argentino deixa claro em entrevistas coletivas após as partidas que encontrou um time sem condições de competir e longe da forma física ideal. E agora o antigo preparador físico da equipe, Mario Monteiro, quebrou o silêncio e rebateu as críticas.

Parte da comissão técnica de Jorge Jesus em 2019 e 2020 e chefe da preparação física durante a passagem de Vítor Pereira no primeiro semestre deste ano, Mario afirma que Jorge Sampaoli usa o preparo físico dos jogadores como muleta para fugir das suas próprias responsabilidades.

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“Não concordo de jeito algum com essas críticas porque nós sempre treinamos com alta intensidade. E o Flamengo, acima de tudo, tem um departamento altamente qualificado com muita gente competente, onde sempre monitoramos os nossos treinos. E segundo: acho que isso é uma forma de ele fugir às suas responsabilidades e estar sempre a atacar o preparo físico”, afirmou.

O preparador completou: “Mais uma vez continuo a dizer que o senhor Sampaoli está equivocado, está querendo atirar areia para os olhos das pessoas, dos sócios, da torcida e da direção. É uma desculpa que ele quer arranjar. E veja a situação que está acontecendo de lesões atrás de lesões, o que não acontecia conosco”, disse Mario Monteiro, em entrevista ao GE.

Férias atrapalharam a preparação do Flamengo?

Um dos maiores questionamentos do torcedor do Flamengo foram os 57 dias de férias dados aos jogadores após os títulos conquistados em 2022. Sobre o tema, Mario Monteiro afirma que o planejamento da diretoria não foi o ideal para a disputa das competições do primeiro trimestre e voltou a cutucar Sampaoli.

“É sempre falado sobre os 57 dias de férias dados aos jogadores. Não quer dizer que sejam os dias ideais para uma equipe de alta competição que vai ter um calendário muito exigente com competições logo início. Mas vocês nunca ouviram da nossa parte justificativas derivadas desses 57 dias. Porque assumimos o nosso compromisso, sabíamos o que íamos encontrar aqui, sabíamos quais eram as dificuldades, e o nosso trabalho sempre foi feito em função disso”, concluiu.