A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira uma operação para investigar a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados numa tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro do ano passado. O principal elemento para a realização da operação, que determinou a apreensão do passaporte de Bolsonaro, operações de busca e apreensão e prisão de militares, foi a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente e sócio honorário do Flamengo.
Mauro Cid se tornou sócio honorário do Flamengo por indicação da gestão Landim em dezembro de 2020, quando era ajudante de ordens de Bolsonaro. O estatuto do Flamengo prevê que podem se tornar sócios honorários pessoas que tenham serviços prestados ao Flamengo ou ao esporte nacional. O Flamengo nunca divulgou publicamente quais seriam os serviços prestados por Cid.
Leia mais: Arthur Lira, Mourão, Mauro Cid: quem virou sócio honorário no Flamengo de Landim
Quando Cid foi preso no ano passado, membros da oposição estudaram pedir a revogação da homenagem a Cid. O estatuto do Flamengo, porém, prevê que sócios só podem ser excluídos do quadro social do clube em casos como esse caso sejam condenados por crime grave com sentença transitada em julgado.
Cid também fez delação contra Bolsonaro em outros inquéritos
Na sua delação, Cid diz que Bolsonaro recebeu do assessor Felipe Martins, que teve a prisão decretada hoje, uma minuta golpista que previa a prisão dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes e do presidente do Congresso Nacional Rodrigo Pacheco. Segundo Cid, Bolsonaro teria pedido alterações no texto, mantendo a prisão de Moraes e mandando que fossem realizadas novas eleições.
Além da tentativa de golpe, Cid também fez delação contra Bolsonaro em outros inquéritos da polícia federal, entre eles os que investigam a falsificação do cartão de vacina do presidente e a venda ilegal de presentes recebidos pelo ex-presidente da República.
Um dos elementos usados no processo para apresentar provas das supostas ilegalidades foi o celular de Cid. No ano passado, vieram à tona fotos que estavam no celular de Cid que mostram o então assessor do presidente com jogadores e dirigentes do Flamengo no dia das eleições presidenciais de 2022, quando o clube recebeu Bolsonaro na pista do Galeão com o troféu da Libertadores.
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