Em uma coluna anterior, escrevi sobre o processo de como o Maracanã chegou ao Flamengo no meio de 2013
Levando em conta tudo que permeou o processo de “fechamento” do Engenhão, onde Flamengo jogava desde outubro de 2010 e tinha assinado contrato até dezembro do mesmo ano.
Mas também escrevi sobre todo o tempo em que jogando num estádio que não é seu, clube viu-se impedido de jogar, total ou parcialmente , prejudicando o ritmo de público crescente que tinha desde a temporada 2006, que houvera passado de 40 mil pessoas por jogo consistentemente.
Antes de seguir, você precisa ler:
O Preço do Maracanã – Parte 1: Nada sai barato no New Maracanan
Mas tratando absolutamente apenas do Maracanã e do contrato assinado em julho de 2013 pelo atual presidente Eduardo Bandeira de Mello, com aval de seus à época aliados Wallim e BAP, vamos aos fatos:
– Em julho de 2013 o Flamengo assinou um contrato de 6 meses com o Maracanã
– Em janeiro de 2014 renovou o contrato por 3 temporadas, encerrando em 2016
“Este acordo foi feito de maneira muito bem pensada, levando-se em conta a força do Flamengo e seu enorme potencial de geração de receitas. Até o final do ano, vamos avaliar os resultados financeiros e técnicos obtidos com os jogos no Maracanã para decidir sobre um possível futuro contrato. Tenho certeza que a torcida está feliz” – disse Bandeira de Mello.
Vale ressaltar que Fluminense, primeiro clube a acertar com o Consórcio Maracanã em 2013, assinou por 35 anos, que render-lhe-iam segurança a longo prazo. Mas também lembremos que isso não significou muita coisa, uma vez que o Consórcio ingressou em 2016 contra o Flu na justiça e conseguiu passar ao clube parte dos custos de operação e um valor mínimo de aluguel, pois o clube tricolor nada pagava e ficava apenas com a arrecadação dos setores atrás de cada gol. Como não tem muita assiduidade de público, os torcedores passaram a frequentar preferencialmente atrás dos gols, o que causava muito desconforto ao Consórcio.
O Preço do Maracanã – Parte 1: Nada sai barato no New Maracanan
Posteriormente, o Botafogo também assinou com o Consórcio por 2 anos, 2013 e 2014, e renovou por outros 33 anos a partir de 2015 tal qual o Fluminense. Isso representou para o Consórcio a segurança de ter os dois clubes exigidos por licitação sob contrato e o risco de ter sua licitação cassada anulado. O Flamengo deixou de ser um problema para a Odebrecht com a assinatura alvinegra. E assim como os outros clubes, Botafogo pegou pelo negócio um gordo dinheiro que até hoje, ao que se sabe, não devolveu. E enquanto era aliado do Consórcio proibindo o Flamengo de jogar no Engenhão – e asfixiando o Flamengo para jogar no Maracanã – sequer foi cobrado pelo empréstimo vencido. Vale aqui dizer que Flamengo pegou também valiosa quantia com o Consórcio, porém devolveu o empréstimo e à vista, com desconto de 5 milhões de reais.
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O Preço do Maracanã – Parte 1: Nada sai barato no New Maracanan
O Preço do Maracanã – Parte 2: Assinando com o Maracanã
O Preço do Maracanã – Parte 3: A cronologia do contrato
O Preço do Maracanã – Parte 4: Sem contrato, a extorsão
O Preço do Maracanã – Parte 5: As duas torres e o efeito Manguinhos
O Preço do Maracanã – Parte 6: O fim da Ilha e o Estádio da Gávea
Imagem destacada nos posts e nas redes sociais: Flamengo / Divulgação
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Bruno De Laurentis é assistente de arte, carioca e gamer. Escreve no blog “Deixou Chegar” e também é responsável pela identidade visual do Mundo Rubro Negro. Acesse: brunodelaurentis.com.br. Siga-o no Twitter: @b_laurentis.
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