A atual gestão do Flamengo desmantelou um legado de treinamento e a estrutura humana no clube. Além disso, aparentemente não estão sabendo mais usar a estrutura física do Centro de Treinamento (CT). Chega a ser inacreditável não se reduzir a marca de pelo menos oito atletas no Departamento Médico desde março.
Até pode ser um problema de preparação física, mas em retrospectiva pra 2020-21 tivemos uma crescente de problemas. Olhar apenas para a preparação (Comissão Técnica) esconde a responsabilidade do DF (fisiologia e DM). Treinador e CT viram reféns, escudos reais da diretoria.
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Larga o time ideal no campo e se resolve! A final da Libertadores foi assim: time ideal em condições longe da ideal. O Flamengo voltou a ser um moedor de carne! Dá pra mudar, crescer, seguir, mas parece muita viagem, jantar e charutinho na Europa pra olhar pra dentro e enxergar.
Separando papéis, tem o Conselhinho (com presidente de outro poder fazendo parte), vice-presidente que não consegue dar diretriz, diretor-executivo que permite desmonte no departamento e a espinha dorsal lava as mãos? Comando e gestão não é só tapa na mesa e bravata. Cadê o projeto esportivo?
Aí a gente chega no treinador, que tem problemas e mostra fragilidades no comando da equipe. Cada vez mais parece que o futebol de 2019 foi um acaso. Sabemos que não foi. Não foi mesmo! Funcionava, mas entendemos como vencemos? Enxergamos por que não estamos vencendo agora?
Apareceu o Programa de Governo (documento com as diretrizes da gestão caso a chapa candidata ela vença) de 2021? E o de 2018? Qual o motivo de não estar funcionando? Tudo isso escrito aqui em cima pode ser um devaneio, porém sem transparência e franqueza com os interessados (torcida), jamais saberemos. Cadê o projeto esportivo? Esse é o profissionalismo, Flamengo?
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