Uma pré temporada de luxo, uma sequência de treinos de uniforme e “televisionado” via internet. E o melhor de tudo, títulos.
Depois de uma temporada mágica, uma outra coisa que o torcedor flamenguista desconhecia havia muito tempo fora um início de ano relativamente tranquilo e menos tenso.
O sub 23 da Gávea assumiu a responsabilidade do início da temporada, com os ofensivos de nomes já conhecidos, Lucas Silva e Vitor Gabriel, comandados por Maurício Souza (fomentando um ninho de boas promessas), aqueceu o Maracanã em preparação para os torneios importantes em sequência, e com a Taça Guanabara levantada em cima do Boa Vista já com o elenco principal.
Uma vitória incontestável contra o Athletico Paranaense no Mané Garrincha pela Super Copa do Brasil adoçou ainda mais o mês de fevereiro, confirmando a superioridade rubro negra no cenário nacional e contra um dos times, mesmo desconfigurado em comparação ao ano passado, que mais deu trabalho em 2019.
Porem, nas duas partidas mais importantes do mês pela Recopa Sul-Americana, o Flamengo enfrentou logo de cara um de seus maiores adversários de competições internacionais: a altitude.
Sem Gabigol, suspenso pela expulsão contra o River, o Mais Querido teve dificuldades contra o Del Valle no Equador. O clube de Quito vem nos anos recentes marcando presença nos torneios sul-americanos, obtendo um título internacional sem sequer ter vencido seu campeonato doméstico.
No jogo de ida, o rubro saiu perdendo, mas virou com Bruno Henrique (que se lesionou no lance do gol) e Pedro. Outra baixa da partida foi Rodrigo Caio, que saiu antes do gol da virada e do pênalti mal marcado a favor dos equatorianos, fechando o placar em 2×2.
No jogo de volta, com 70 mil testemunhas no Maracanã, o que parecia ser um jogo de extrema imposição do Flamengo com o primeiro gol do Gabigol aos 19′, se converteu logo em uma partida de tensão com a expulsão de Arão três minutos depois de aberto o placar.
O Flamengo perdeu a posse de bola e passou boa parte do tempo se defendendo. A atuação consistente dos laterais e a boa movimentação de Gerson e Tiago Maia pela “volância”, garantiu uma defesa sólida diante da pressão do Del Valle. Mas os equatorianos continuavam atacando e Diego Alves foi responsável por um milagre aos 54′.
Além disso, Everton Ribeiro e Gabigol jogaram de forma absurda, o primeiro com a boa marcação e reposição dos contra ataques, e o segundo com a caixa de ferramentas abertas quando as chances ofensivas surgiam. É de uma jogada plástica de Gabigol que culmina num cruzamento e a sobra de bola de Gerson para ampliar aos 62′.
E com a expulsão de Cabeza aos 86′, o rubro negro renovou forças e deu uma amostra do que teria sido o jogo de 11 pra 11, com mais um ataque fulminante de uma roubada de bola de Michael ainda na defesa, enfiada para Gabriel, que adiantou para Vitinho que deixou para Gerson fechar a conta. Mais um jogo digno de documentário!
Primeiro título internacional do Flamengo no seu palco principal. Fevereiro de 2020, três taças em 10 dias. Que pré temporada! E como é bom ser Flamengo!