O técnico Zé Ricardo admitiu que pode ter que mudar o esquema para inserir o argentino Darío Conca. Comentaristas passam tardes discutindo o tema nos programas de mesa redonda da TV e do rádio. O MRN resolveu entrar na discussão e resolveu pedir a seus blogueiros – e a um representante dos apoiadores do site – para que se colocassem no lugar do técnico e dissessem o que fariam para encaixar o principal reforço do Flamengo na temporada até agora no time, ainda mais com a peculiaridade que ele não poderá participar da pré-temporada e terá que entrar no time com o bonde andando. Veja o que eles responderam:
João Luis Jr., blog Último Homem
Imagino duas variações com a chegada do Conca. Uma seria um 4-4-2 com dois volantes, dois meias, e dois atacantes de frente, um mais fixo e outro que se deslocasse mais. Parece muito década de 90? Parece, mas nada está mais na moda hoje em dia do que ressuscitar tática antiga.
A outra seria tentar manter a dinâmica do esquema atual do Zé, mas com dois meias, e exigiria deslocar o Conca pra uma meia mais pela esquerda, com Diego centralizado e um outro jogador mais agudo na direita, com o Guerrero lá na frente fazendo chover gol.
George Castro, blog Resenha Rubro Negra
Eu gostaria de ver o Zé Ricardo armar o time no tradicional 4-4-2, em um losango com o Conca a frente do Diego e abrindo mais pela lateral, e com dois volantes fazendo a saída de bola da defesa. No ataque ficaríamos com a opção de usar dois atacantes de área ou um ponta e um atacante, com o Conca fazendo a vez de ponta ou distribuindo bola e entrando na grande área para dar mais opção.
Daniel Endebo, blog Molambo Racional
Acomodaria o Conca num novo modelo de jogo, onde o setor ofensivo seria composto essencialmente pelo trio Conca-Diego-Guerrero (considerando que não vá chegar nenhum outro reforço pro setor). Nesse modelo, Mancuello e Everton se revezariam na transição pelo lado esquerdo, tal qual faz Arão pela direita. Outra possibilidade é adaptar Diego pra jogar aberto pela direita, fazendo com que o time tenha um 4-1-4-1 com chegada pela esquerda e muita troca de bola pelo meio.
José Peralta, blog CRFlamenguismo<
Acho que como/onde Conca entrará no time dependerá de vários fatores. Chegarão extremos de alta qualidade? Darío levará quanto tempo pra se recuperar? Voltará ao nível de antes?
Retornando ao patamar do passado, é titular absoluto. Nesse caso, um dos pontas burocráticos do esquema atual seria sacrificado e ele ou (mais provavelmente) Diego teria que cair mais por um lado do campo. Ano passado, esse esquema que buscava incluir os melhores do elenco no XI titular não deu certo, mas agora as peças serão outras.
Acho que até um teste no 4-1-4-1, esquema favorito do Zé, poderia ser feito. Rômulo na frente da zaga e uma improvável linha com Conca, Mancuello, Arão e Diego atrás do Paolo.
Não há uma receita de bolo pronta. Testes haverão que ser feitos quando chegar a hora.
Luiz Filipe Machado, blog CRF & ETC
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A primeira seria um meio com Rômulo, Arão, Diego e Conca. Com os dois primeiros sendo auxiliados pelos laterais nas jogadas pelos cantos e podendo ficar mais soltos no meio. Na frente eu colocaria Vizeu e Guerrero, com o peruano saindo mais da área.
A segunda seria abrir o Diego na ponta direita e o Éverton jogar na esquerda com o Conca centralizado. Ano passado o Diego já cobriu algumas subidas do Jorge, que voltava trotando. Pode fazer essa recomposição.
André Amaral, blog Ninho da Nação
Zé terá dois trabalhos: o primeiro é preparar o time já pensando no Conca e segundo é quando o Conca tiver em condições. E isso tudo com Libertadores em andamento.
A meu ver, a solução passa pelo Diego. No ano passado, mesmo sem uma preparação física ideal e se adaptando à realidade do futebol brasileiro, ele voltava pra marcar e conseguia fazer a recomposição, ajudando muito na saída de bola e chegando forte no ataque.
Ele poderá ser esse cara pra fechar a segunda linha de quatro quando o time estiver sem a posse de bola – além de ajudar na transição, e deixar o Conca, voltando de cirurgia, mais solto lá na frente com Guerrero.
E quando ataca teria o Rômulo fixo, Diego e Conca centralizados, Arão e um ponta que precisa ser contratado abrindo a defesa e Guerrero.
Léo Leal, blog Mengo, Logo Existo
Mostramos em 2016 uma grande dificuldade em fazer a equipe funcionar no 4-4-2. Seria necessária uma pré-temporada voltada à adaptação da equipe ao esquema. Porém, Conca só estará apto em alguns meses, o que atrapalha tal montagem. Nesse caso, o mais aconselhável seria o 4-1-4-1, semelhante ao esquema do Corinthians campeão brasileiro em 2015. No papel, Conca teria a função de Renato Augusto, enquanto Diego cairia pelo lado, como fazia Jádson.
Antônio Sérgio, apoiador do MRN
Conca irá compor o nosso meio campo revezando com o Diego, por vezes abrindo pelas pontas e fechando na recomposição e por vezes se aproximando de Guerrero no comando do ataque e com finalizações próximas à entrada da área. Apesar da idade maior que 30 anos, como Diego, ele possui excelente capacidade física e disciplina tática para a recomposição do meio-campo. A sua entrada melhorará a qualidade dos passes, impedindo contra-ataques, além de favorecer a manutenção da posse de bola. Penso que a dupla de meias irá favorecer a redução do desgaste físico de ambos. Deverá facilitar o crescimento técnico do Willian Arão, com maior possibilidade da sua aproximação no campo adversário, visto que melhora a nossa posse de bola e a recomposição pelo meio.
Luiz Filho, blog Overlapping
Conca no Flamengo faz com que uma das coisas que sempre pensei sobre Diego se faça mais constante, sua utilização pelos lados. O revezamento e a movimentação não seria fixa, os três jogadores detrás do centroavante jogariam em qualquer das posições. Posições fixas apenas se Arão vier para a linha da frente, num 4-1-4-1 que Zé Ricardo tanto gosta, uma variação. De início vejo a equipe postada num 4-2-3-1.
Adriano Melo, blog Alfarrábios do Melo
O encaixe de Conca no time do Flamengo parece ser desafiador. Uma solução possível é escalá-lo em um 4-2-3-1, aberto pela esquerda, em uma linha com Diego no meio e outro ponta, com Arão e mais um volante por trás. O próprio treinador deu pistas de que poderá seguir nessa linha. A se confirmar, é bem possível que Everton e/ou o controverso Márcio Araújo sigam habitando assiduamente o onze titular, até porque a primeira linha, com Jorge na lateral, não é tão defensiva. Acredito que a equipe, nesse formato, ganhará muito em qualidade de passe e controle de jogo, mas seguirá tendo problemas na eficiência das finalizações, defeito recorrente em 2016.
Mauricio Neves, blog Cultura RN
A primeira questão me parece vocacional. Com Diego e Conca o time nasce dotado de uma inequívoca vocação ofensiva. Com duas opções para cada lateral, eu iria de 3-5-2. A questão definitiva é cobertura. Jogaria com Réver-Juan e Vaz flutuando. Rômulo de cão de guarda e com bons reservas. Ressalva: jamais colocaria Conca nas extremidades, o time deve ser formado a partir da benção de dois meias pensantes. Não há porque se reduzir este benefício exilando um dos dois. Conca e Diego chamando os laterais e municiando os dois atacantes, com espaço para eles próprios chegarem à zona de tiro, e tudo isso resguardado por três zagueiros. O resto não precisa desenhar
Agradecemos aos nossos blogueiros e ao apoiador Antônio Sérgio pelas contribuições.
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