Não só Textor! Enquanto Leila critica, outros presidentes elogiam postura de Landim

Em 2023, a criação de uma Liga de clubes brasileiros deu sinais que poderia finalmente se tornar uma realidade. No entanto, desavenças entre os clubes em relação à distribuição de direitos de transmissão atrasam as negociações e ameaçam encerrar o projeto. O principal embate é entre Leila Pereira e Rodolfo Landim.

Presidente do Palmeiras, Leila Pereira concedeu diversas entrevistas criticando a postura de Landim, mandatário do Flamengo, nas negociações da Libra. A presidente do clube paulista entende que o Fla não deveria ter grande vantagem nos ganhos e, além disso, avaliou a postura de Landim como “soberbo demais.”

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No entanto, presidentes e donos de clubes brasileiros que participam da Libra têm opiniões diferentes em relação a Landim. Após anunciar a saída do grupo em função da demora para uma definição, Jhon Textor, dono do Botafogo, fez elogios ao presidente do Flamengo.

“Nenhum clube grande vai simplesmente dar dinheiro para todos os clubes pequenos e subsidiar a liga. E ainda assim, o Flamengo tem sido muito flexível reduzindo, mesmo sabendo a porcentagem que eles deveriam ganhar com base no tamanho deles”, disse Textor, antes de completar:

“Eu não gosto do Flamengo em campo, mas tenho muito respeito por Rodolfo e sua liderança. Acho que ele tem feito tudo o que pode para unir esta liga e vejo as pessoas ficando com raiva dele e falando sobre problemas de cinco anos atrás. Isso tudo é um absurdo para mim”, disse.

Presidente do Grêmio defende Landim e critica Leila em debate sobre Liga

Em abril, Leila Pereira, concedeu entrevista e criticou a postura do presidente Rodolfo Landim na Libra. Assim, reiniciou o debate sobre divisão de cotas de transmissão dentro de uma possível Liga. Em entrevista à ESPN, Beto Guerra, presidente do Grêmio, defendeu a postura do Rubro-Negro e criticou as falas de Leila.

“Todos estão satisfeitos, se não é o ótimo, está muito bom, muito mais próximo do que seria justo. Até porque, temos que reconhecer que se o Flamengo saísse e negociasse sozinho os seus direitos, talvez conseguisse mais do que consegue na Libra. Está lá, abriu mão de determinadas receitas, pediu que outras sejam preservadas por algum tempo e todos concordaram. Então, não entendi a colocação da Leila naquele tom”, disse Beto Guerra.

Guilherme Bellintani detona críticos da distribuição de receita na Libra

Em entrevista ao jornalista Rodrigo Capelo, Guilherme Bellintani, presidente do Bahia, também deu sua opinião sobre as polêmicas na Libra. De acordo com o mandatário, os críticos ao atual modelo de divisão apresentam um discurso descolado da realidade.

O presidente entende que Flamengo e Corinthians, por possuírem as maiores torcidas do Brasil e, consequentemente, atingirem os maiores números de audiência, irão receber mais de forma natural. Então, caso os clubes deixem o acordo, continuariam com os mesmos valores e outros clubes deixariam de ganhar.

“Se você fica o tempo todo defendendo uma revolução, você não consegue se apegar ao factível, que é a evolução. Nós acreditamos que estamos em um momento de evolução. As pessoas fala que precisamos equilibrar ao extremo a divisão de recursos no futebol brasileiro, e eu concordo. Mas se coloque no lugar do Flamengo e do Corinthians e pense o seguinte: se o dois não entrarem em uma liga, a Globo vai pagar aos clubes um valo equivalente ao que pagar hoje. Então, eles são peças essenciais nesse tabuleiro.”

“Agora, se a gente diz: Flamengo, Corinthians, vamos nos organizar para todos ganharem mais e gradativamente a gente essa diferença, que é o que a Libra tem feito, estamos falando de evolução. Mas se quisermos falar de revolução e entender que de uma hora faremos como uma espécie de Robin Hood e mudar o futebol brasileiro. Me parece um discurso fantasioso.”