O Atlético-MG tem feito altos investimentos para tentar competir com o poderio e favoritismo do Flamengo no país e continente. O mecenas por trás dos investimentos do Atlético é Rubens Menin, dono da MRV, que tem enfrentado processo de trabalhadores que pedem melhores condições de trabalho.
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Enquanto viabilizava a contratação de Diego Costa, o mecenas do Atlético via funcionários de uma obra da MRV em Campinas-SP entrarem em greve cobrando recursos básicos, como equipamentos de proteção individual e materiais de higiene básica.
Presidente do Sindicato da Construção Civil, Montagem e Mobiliário de Campinas e Região (Sinticom Campinas), Juscelino Souza Júnior, chegou a relatar que a falta de recursos levou à vários casos de Covid-19:
“Temos muitas vezes que lavar copos descartáveis nas obras, já tivemos muitos casos de covid-19. Chega até a falta papel higiênico”, revelou Souza Júnior ao site do Sindipetro-SP.
Mecenas do Atlético-MG recusou acordo do Ministério Público do Trabalho
A greve começou em 13 de julho, ou seja, há 38 dias. Desde então, houve audiências no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e no Ministério Público do Trabalho (MPT).
Na sessão do MPT, houve uma proposta de acordo que previa o pagamento de um salário nominal para cada trabalhador. A categoria acolheu a decisão, mas a empreiteira recusou.
O Atlético-MG deve R$ 1,3 bilhão, sendo boa parte desse valor (cerca de R$ 400 milhões) adquirido com empréstimos de um grupo cujo o nome mais famoso é o de Rubens Menin e do seu filho, donos de um conglomerado que inclui, entre outros, MRV, Banco Inter, a rede de televisão CNN e a Rádio Itatiaia.
Especula-se que o contrato de Diego Costa gire em torno de R$1,2 milhão mensais. Em contrapartida, os 700 trabalhadores reivindicam R$ 6 mil pela participação nos lucros e resultados (PLR) oferecidos pela empresa.
Diante disso, apenas 3,5 meses de salário de Diego Costas seriam suficientes para pagar o valor cobrado.