O Raça, Amor & Groselha volta à TV MRN para a segunda temporada nesta quinta-feira (12), às 18h, com um convidado pra lá de especial. Arthur Muhlenberg e Diogo Almeida recebem o deputado federal Marcelo Freixo para um bate-papo sobre Flamengo, o Rio de Janeiro e a política em geral.
Marcelo Freixo é professor de História e Economia, e desde então luta pela educação e os Direitos Humanos, principalmente nas carceragens do Rio de Janeiro. Ingressou na política propriamente dita como assessor de Chico Alencar, então deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Ao lado de Alencar, ajudou a coordenar a comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio.
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Ao longo dos seus mandatos continuou sendo uma das vozes mais ativas da luta pelos Direitos Humanos no Brasil. Também foi atuante contra o crescimento das milícias do Rio de Janeiro, grupos formados em grande parte por integrantes de forças policiais e militares que promovem guerras por territórios dominados ou não por traficantes.
Freixo foi caracterizado como “Fraga” nos filmes de enormes sucesso “Tropa de Elite” e “Tropa de Elite 2”. Rubro-negro de carteirinha, é defenestrado por torcedores de extrema-direita, que o enxergam como um ativista comunista. Alguns destes torcedores atacaram o perfil do RAG no Twitter quando o deputado foi anunciado como convidado.
Marcelo Freixo e o Flamengo
Rubro-negro fanático, até que tentou, ainda jovem no Fonseca, periferia de Nitéroi, ser jogador de futebol. Fez testes em diversos clubes, mas nunca foi selecionado nas peneiras.
Anos depois, com o Rio de Janeiro vivendo o afã dos grandes eventos esportivos – Copa do Mundo (2014) e Olimpíada (2016) -, e já politicamente consolidado, Freixo volta a atuar no esporte, desta vez para jogar contra a derrubada do Célio de Barros e do Museu do Índio. Freixo também causou certo furor da torcida do Flamengo ao se posicionar contra a concessão do estádio para o Flamengo.
Em 2016, recebeu o então presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello em sua casa. Bandeira levou uma camiseta do Flamengo e tirou fotos. O encontro foi duramente criticado pela oposição e pela torcida, que acusou o presidente do Flamengo de usar o clube politicamente, já que Freixo já era candidato a prefeito do Rio em campanha.
Depois de deixar o clube em 2018, Bandeira acabou sendo candidato também a prefeito, sem muito sucesso, nas eleições de 2020 também a eleições para prefeito.
Um pouco mais sobre Marcelo Freixo
Foi eleito deputado estadual pelo Psol em 2006 com pouco mais de 13 mil votos. Seu primeiro mandato foi marcado pela ampliação da luta pelos Direitos Humanos, quando oportunizou o avanço destas pautas e outras mais, ligadas à Cultura e à Educação. Mas seu mandato ficou marcado mesmo pela luta contra as milícias do Rio de Janeiro. Foi reeleito com mais de meio milhão votos.
Neste segundo mandato, Freixo continuou no centro das perseguições às máfias fluminenses. Após reiteradas ameaças de morte, o político exilou-se por um período na Espanha. Em 2012 foi candidato a prefeito do Rio pelo PSOL em chapa que contava com Marcelo Yuka, ex-baterista da banda O Rappa, como vice.
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Freixo recebeu quase um milhão de votos, mas não conseguiu levar o pleito para o segundo turno com Eduardo Paes, que foi reeleito. Dois anos depois foi eleito novamente como deputado estadual com o maior número de votos entre todos os candidatos do Brasil.
Em 2016 voltou a se candidatar a prefeito do Rio. Desta vez perdeu no segundo turno para o bispo evangélico Marcelo Crivella, ex-ministro de Lula, que se mostrou, ao longo do seu mandato, um apoiador de primeira hora de Jair Bolsonaro. Crivella saiu da prefeitura com um dos piores índices de rejeição da história da capital.
Atualmente deputado federal, Freixo desfiliou-se do Psol e entrou para o PSB. A mudança de sigla é vista como um movimento rumo ao centro no intuito de suavizar sua imagem junto ao público menos progressista.
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