Flávio Souza
Evidente que a Liberdade de Expressão é um direito de todos. Quando começam a incluir artigos em regimentos, estatutos, etc de modo a tolhê-la certamente os que os fazem são movidos pelo desejo da atuação acrítica e autoritária. Calar o outro é autoritarismo.
Porém, é recomendado que um técnico de futebol saia livremente tecendo críticas sobre regimentos das competições em que participa? Isto, de alguma forma, não pode atrapalhar o foco do trabalho a ser realizado no elenco ou entre os próprios jogadores?
O ideal, ao meu ver, seria que crítica a organização, regimentos e colegiados de determinadas competições sejam realizadas pelos dirigentes. A ‘cara a tapa” deve ser realizada por eles. Comissão Técnica e jogadores deveriam procurar se ater unicamente às competições em si, ao jogo, ao time, preparação do elenco, etc em suas declarações.
Uma declaração mal dada feita por um técnico, preparador físico, jogador, etc, pode, inclusive, prejudicar o Flamengo junto a um patrocinador, ou possível patrocinador, pela polêmica criada.
Hoje Luxa estava correto em suas reclamações. Totalmente de acordo com o discurso proferido pelo Eduardo Bandeira de Mello. Mas amanhã? E se estiverem em desacordo, qualquer que seja o técnico ou dirigente?
Enfim, é um caso a se discutir. O certo é que o Flamengo ficou sem técnico estes 2 jogos por motivos injustos, certamente, para a maioria, e justos para os poucos que entenderam que a expressão usada por ele “Bater na FERJ” pode insinuar também incitação à violência.
De certo que o simbolo usado por ele para expressar sua revolta pela punição, a “mordaça”, se transformou em algo importante neste momento em que a FERJ e seus métodos e conceito arcaico de funcionamento estão sendo severamente questionados. É uma Federação cujo presidente se perpetua no poder pelo voto de clubes nanicos ou pequenos agrupamentos, muitos que nem profissionais são, decidindo o destino de clubes com imensas responsabilidades financeiras e folhas salariais milionárias. É preciso outra saída para o Flamengo e demais clubes profissionais(de fato) no Brasil.
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