Atualmente em boa fase no Bahia, o meio-campista argentino Lucas Mugni falou sobre seu passado no Flamengo em entrevista recente ao GE. Contratado em 2014 pelo Rubro-Negro cercado de grandes expectativas, Mugni não conseguiu corresponder dentro de campo e não teve futuro na Gávea. Em seu período no clube, o atleta que chegou vestir a camisa 10 marcou apenas cinco gols.
”A verdade é que aqui (Brasil) é uma pressão grande, imagina no Flamengo. Estava com 23 anos, uma pressão grande. Quando você chega vê a pressão que é. Eu não estava preparado mentalmente. E o futebol também é coletivo. E quem conhece sabe como o Flamengo estava naquele momento. A gente ficava sem luz, queria treinar em dois períodos e não conseguia, tinha que ir para casa”, contou Mugni.
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Logo depois, o meia ressaltou que mesmo com a falta de estrutura, poderia ter desempenhado no gramado de outra forma. Na época, o Flamengo ainda estava no início de sua restruturação financeira. Ou seja, ainda era o segundo ano da primeira gestão do presidente Eduardo Bandeira de Mello com toda a sua equipe.
”Não estava tudo bem, mas a cobrança era a mesma. Não estava muito bom e nada ajudou para eu me desenvolver. Mas eu sei que, sinceramente, deixei a desejar. Mas me ajudou a aprender muito. Hoje não sinto essa pressão, estou acostumado. Aqui a pressão é muito grande. Já convivi com muitas coisas como no Flamengo e hoje aceito”, finalizou.
Resumão da passagem de Lucas Mugni no Flamengo
No dia 16 de janeiro de 2014, o Flamengo vencia a concorrência do Athletico-PR e da Fiorentina-ITA e acertava a compra dos direitos econômicos de Mugni por R$ 3 milhões. Na época, o contrato foi assinado por dois anos, máximo para estrangeiro, e um pré-contrato de renovação automática por mais dois.
Após um início animador, com boas atuações, Lucas começou a oscilar e quase foi negociado em outubro daquele ano com o futebol árabe, porém preferiu por permanecer no Fla, bancado por Vanderlei Luxemburgo. Na temporada seguinte, Mugni deixou de ser camisa 10, assumiu a 11 e foi emprestado para o Newell’s Old Boys, clube de Rosário, onde ficou – por empréstimo – até julho de 2016. Desde então, nunca retornou para o clube.