Vítimas do Ninho poderiam estar em final da Libertadores sub-20

A quinta-feira (14) foi marcada por duas emoções muito diferentes envolvendo os Garotos do Ninho. De manhã, foi lançado o documentário da Netflix revisitando a maior tragédia da história do Flamengo, que matou dez meninos em 2019. À noite, o Flamengo se classificou para a final da primeira Libertadores sub-20 da sua história.

As duas histórias se encontram em quatro ausências: os mais jovens entre as vítimas do Ninho, Arthur Vinícius, Athila Paixão, Gedson Santos e Pablo Henrique, tinham 14 anos quando morreram na tragédia. Se continuassem vivos, completariam 20 anos nesta temporada. Ou seja, poderiam estar no grupo que está no Uruguai despertando a Libertadores sub-20.

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Autor dos dois gols contra o Rosario Central que classificaram o Flamengo à final contra o Boca Juniors, o zagueiro Iago é amigo de infância de Arthur Vinicius, com quem cresceu em Volta Redonda. Ano passado, na final do Brasileiro sub-20, realizada na cidade natal da dupla, o MRN conversou com Iago sobre a amizade dele com Arthur.

“Tenho certeza que de onde ele estiver, está na torcida por mim. Sonho todos os dias em chegar ao profissional do Flamengo e dedicar todas as conquistas da minha carreira a ele. Jogo por mim, pela minha família e pela memória do Arthur”, disse Iago ao MRN na época.

Na festa do título, Iago usou uma camisa com a foto de Arthur. “Meu irmãozão, se foi… Graças a Deus conquistando tudo por ele e pela minha família”, afirmou.

A mãe de Arthur é uma das três entrevistadas no documentário, juntamente com as mães de Bernardo Pisetta e Christian Esmério, que não teriam mais idade para jogar a Libertadores sub-20 deste ano, mas poderiam ter jogado o Brasileiro sub-20 que garantiu a classificação para a competição.

O herói da conquista, aliás, foi outro goleiro e sobrevivente da tragédia do Ninho, Dyogo Alves, atualmente terceiro goleiro no elenco profissional do Flamengo.