Governo quer que Léo Moura devolva R$ 2,7 mi a cofres públicos

Uma auditoria da Controladoria-Geral da União determinou que a ONG do ex-jogador do Flamengo Léo Moura tem que ressarcir os cofres públicos em pelo menos R$ 2,7 milhões pelo superfaturamento de contratos com a Secretaria do Esporte no governo Bolsonaro.

Entre junho de 2020 e abril de 2022, o Instituto Léo Moura Sports recebeu cerca de R$ 45 milhões em convênios com a Secretaria de Esporte para a implantação de núcleos do projeto “Passaporte para a Vitória” no Rio de Janeiro, Amapá, Pará e Acre.

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Por enquanto, a CGU revisou apenas 4 dos 16 convênios assinados, que trataram da implantação do projeto em 32 cidades do Rio e do Amapá a um custo de R$ 25,2 milhões.

Nesses contratos, a CGU constatou superfaturamento de R$ 778,9 mil em aquisição de materiais, locações e contratação de serviços e R$ 1,91 milhão em não comprovação dos quantitativos dos itens e na aquisição de serviços, totalizando R$ 2,7 milhões.

A CGU recomendou ao Ministério do Esporte, sucessor da Secretaria do Esporte, que suspenda pagamentos relativos aos projetos de Léo Moura e cobre da ONG o ressarcimento de R$ 2,7 milhões em decorrência do superfaturamento.

CGU aponta superfaturamento de até 90% em chuteiras por ONG de Léo Moura

A auditoria constatou sobrepreço de até 90% na compra de milhares de chuteiras e caneleiras. Já 80 balanças de bioimpedância teriam tido um superfaturamento de mais de 300%.

A investigação também apontou que empresas que participaram das disputas para fornecer os produtos não existiam ou não estavam nos locais indicados. Uma delas na realidade era um órgão burocrático do hospital. Outra informava o mesmo endereço da Federação de Futebol do Amapá.

A CGU também informou que, em visitas às unidades dos projetos, muitas vezes não encontrou os produtos que teriam sido comprados. Em um caso, nenhuma das 700 chuteiras adquiridas meses antes havia sido entregue.

A entidade também não conseguiu comprovar que a ONG de Léo Moura de fato executasse as atividades para as quais foi contratada ou atendesse o número de pessoas alegado na aprovação dos projetos.