Ex-colega de Mauro Cezar Pereira na formação clássica do Bate-Bola na ESPN, o jornalista Lúcio de Castro comentou a entrevista concedida pelo presidente Rodolfo Landim ao colunista do UOL. De acordo com Lúcio, Landim tem a obsessão de vender o Flamengo e usa o projeto de um estádio próprio como pretexto.
“Difícil qualificar a intenção de Landim em vender parte do Flamengo pra SAF, agora com o pretexto de financiar a construção do estádio. Aos fatos: nunca foi segredo pra ninguém o desejo de Landim em fazer ‘profissionalização’. O discurso que vendera anos antes como candidato e sendo ele o caminho. Não colou. Agora é a SAF”, escreveu Lúcio em um fio no Twitter.
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O jornalista, que assim como Mauro é torcedor declarado do Flamengo, diz que o projeto de um estádio próprio na região do Gasômetro é uma nova ‘narrativa’ encontrada por Landim para justificar a criação de uma SAF no Flamengo,
“Numa jogada realmente inteligente, [Landim] partiu para outra ‘narrativa’: com SAF parcial, o Flamengo poderia ter o sonhado estádio. Ponto pra estratégia dele. Sabe que é um ótimo caminho para ganhar seu torcedor. Aqueles incautos e desinformados”, afirmou.
Na entrevista a Mauro, Landim citou o modelo do Bayern de Munique, que vendeu parte minoritária do seu futebol a Audi, Allianz e Adidas para construir seu estádio. Ele diz que se o Flamengo vender até 25% de participação no futebol pode arrecadar mais de R$ 1,5 bilhão e construir o estádio. Lúcio criticou esse raciocínio.
“A pergunta que não cala é o segredo de milhões: por que Landim tem essa obsessão pra vender o Flamengo? Cada um que pense na própria resposta. Uma coisa é certa: a versão que é preciso vender parte do Flamengo para fazer o estádio não para em pé um segundo. Mais: é patética” detonou o jornalista.
O Flamengo intensificou as conversas para adquirir um terreno na região do Gasômetro, pertencente à Caixa Econômica Federal, depois da recente troca de comando na presidência da estatal. A intenção de Landim é construir no local um estádio maior que o Maracanã. Ele rejeitou a possibilidade de ter sócios no projeto e defendeu a SAF como melhor caminho. Entretanto, há outras maneiras de o Flamengo financiar o projeto, até com a criação de uma sociedade de propósito específico que não envolva vender o controle do futebol.
O assunto deve mobilizar o Flamengo no ano que vem, último ano de mandato de Landim, que não tem direito a se reeleger, mas buscará fazer um sucessor para levar adiante seu projeto no Flamengo. Eventualmente, caso o clube se torne uma SAF, Landim teria a possibilidade de assumir um cargo na nova estrutura sem limitações do estatuto.
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