A aspa de Ângela Machado, esposa de Rodolfo Landim e diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, não está repercutindo nada bem. Em entrevista de Landim no Canal do Benja, o chat estava lotado rubro-negros pedindo uma retratação do clube, mas isso não aconteceu. O presidente explicou que sua mulher é nordestina e diz que tudo é um mal entendido.
“A Ângela é nordestina. Nascida e criada em Aracaju. Ela escolheu ajudar as pessoas e se formou em serviço social. Ela trabalhou a vida inteira como voluntária ajudando a cuidar de pessoas. Quando eu fui ser presidente do Flamengo, criei três Vice-Presidências novas. Uma foi de responsabilidade social. Aproveitei o fato de ter em casa uma pessoa que passou a vida inteira fazendo isso. A gente saiu do zero nessa área e fizemos várias coisas educacionais e institucionais”, diz Landim.
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Landim ainda fala sobre a relação de Ângela com a região: “Ela ama o Nordeste e viaja para lá várias vezes para rever os familiares e centenas de amigos que tem lá. Ela sempre foi muito preocupada com a situação do Nordeste e sabendo do grande potencial que o Nordeste tem”.
Ângela teria repostado uma mensagem que recebeu no Instagram.
“Ela ficou impactada por achar que a gente poderia ter uma volta do mesmo tipo de política de assistencialista de entregar o peixe mas não o caniço para que as pessoas de fato possam se desenvolver na terra que ela tanto ama. De uma forma distorcida no próprio Instagram dela, ela repostou uma mensagem que recebeu”, explicou.
Landim rasga elogios a sua esposa e fala sobre relação de Ângela com o clube
O presidente do Flamengo não deixou de dar sua versão sobre o relacionamento dos funcionários do clube com Ângela e além disso revela que sua esposa está chateada com a repercussão negativa de sua publicação.
“Quem conhece ela sabe que é uma pessoa extremamente religiosa, católica praticante. Ela é uma pessoa que adora as pessoas. Dentro do Flamengo, ela é uma verdadeira unanimidade. Todos os funcionários do clube a amam pela preocupação que ela tem com cada um deles, o cuidado que ela tem. Ela é uma pessoa adorável para quem a conhece. É óbvio que isso tudo a deixa muito chateada por algo que ela tenha feito. Mas no fundo foi quase que um desabafo por ver a terra que tanto ama ela achar que não vai ter o destino que ela gostaria que tivesse”, explica.
Presidente do Flamengo se irrita e se esquiva de retratação
Benja volta a tocar no assunto durante a entrevista e alerta Landim sobre a proporção que a declaração da Ângela tomou nas redes sociais. O jornalista frisa que os nordestinos e torcedores do Flamengo em geral esperam por um pedido de desculpas, mas o mandatário é sucinto:
“O problema não é meu, é da minha mulher (risos). Eu acho que ela tem o direito de dizer e se posicionar como ela quiser. Vou até conversar com ela. O fato de ter sua esposa, seu filho, cada um tem seu direito de agir e de pensar”,conforme declarou o mandatário.
Mas com a insistência dos profissionais durante a entrevista, que também contou com Gabriel Reis, do canal Paparazzo Rubro-Negro, Landim acabou se irritando e colocou ponto final no assunto sem dar um pedido de desculpas.
“Isso não foi uma ação do Flamengo, mas sim de uma pessoa. Está mais do que entendido. Vamos mudar de prosa. Eu já entendi o recado. O recado está dado, a não ser que você queira que eu pare a entrevista para cuidar deste assunto”, diz, por fim, irritado.
Benemérito pede saídas do presidente e sua esposa
O benemérito Siro Darlan, do grupo político Fla-Tradição, pede o afastamento de Ângela Machado por sua publicação xenofóbica: “Diante de tal gravidade, requer seja instaurado o necessário processo de destituição da Diretora Ângela Machado como um necessário ato de reparação a imensa torcida nordestina do Flamengo”, diz o requerimento encaminhado ao clube.
Na última segunda-feira (1º), Siro também pediu o impeachment de Rodolfo Landim por conta das manifestações políticas em apoio ao candidato a reeleição Jair Bolsonaro. Após a final da Libertadores, por exemplo, na véspera das eleições, Landim aparece em fotos no Estádio Isidro Romero Carbo fazendo o número 22 com as mãos, dígitos que correspondiam ao candidato nas urnas. A acusação de Siro é pela utilização da imagem do Flamengo para promover campanha política.