O dia 3 de março marca não só o aniversário de Zico, mas também de um cara muito importante para o futebol rubro-negro. Julio César da Silva Gurjol, ou apenas “Uri Geller”…
Mariana Sá (@imastargirl)
Nasceu em 1956, e fez parte da geração mais importante da história do Flamengo. Conhecido por seus dribles desconcertantes e por “entortar as pernas” dos laterais, o ex-jogador nunca sempre será lembrado no dia 3 de março!
A história de Julio com o Flamengo começou cedo, mas nem ele sabia ainda. Aos seis anos o garoto mais talentoso dos campinhos cariocas já chamava atenção e foi dessa forma que acabou conhecendo Adílio, com quem mantém uma bonita amizade até hoje. Os dois pularam os muros da Gávea atrás de uma chance de entrar no time e assim tudo começou.
Ganhou o apelido de Uri Geller por causa de um mágico que dizia que podia entortar garfos. Seus dribles e cruzamentos sensacionais fizeram jus à escolha.
Foi integrado ao time principal por Cláudio Coutinho junto com outros grandes nomes da grande geração do clube. Em seis anos de Flamengo (1975-81), o carioca fez 134 partidas, marcou 10 gols e deu inúmeras assistências. Conquistou três Cariocas (1978 e os dois Estaduais de 1979), um Brasileirão (1980) e a Libertadores de 1981. Não esteve no Mundial graças a uma lesão, quando rompeu o ligamento. Depois de sua saída, passou por clubes argentinos, mexicanos e portugueses, além de jogar por América, Remo, Grêmio e até Vasco.
– Eu usava o drible para esquecer da dor da pobreza, da humilhação da favela. Muitas das vezes a irreverência do drible se voltou contra mim. O apelido que eu trouxe comigo da Comunidade para os campos – Julinho Maluco – foi encarado como pecha de atleta irresponsável – Confessou o jogador à reportagem do MRN.
Luiz Filipe Machado (@luizfilipecm) traduziu o futebol plástico, de dribles e grandes assistências do eterno 11Julio pode ter encerrado a carreira em 1990, mas nunca deixou de estar próximo ao futebol. Ele se formou em educação física e hoje dá aula no Centro de Futebol Zico. Além disso, ex ponta esquerda ainda joga pelo FlaMaster e está sempre ligado aos projetos rubro-negros. Nas últimas semanas têm se reunido com a diretoria rubro-negra para formatarem um projeto social nas favelas. Seu eterno amigo Adílio também participa da Ação.
– A ideia é que o clube venha a ceder o segundo ônibus (dos profissionais) para a gente pegar as crianças diretamente nas favelas e trazê-las para a Gávea, onde participarão de atividades sócio-esportivas. Imagina esse ônibus do Mengão, todo bonito, entrando na favela? Vai ser o máximo! Mas estamos ainda no embrião. – Disse, Júlio, com um olhar típico de quem sabe que só nos campinhos de bairros que surgirão os novos craques do Mengo.
O Mundo Rubro Negro não vai parar por aqui com as homenagens ao Entortador de Zagueiros, o Paranormal dos Dribles! Ainda em março o MRN Entrevistão teve a honra de receber, depois da estreia com a Luisa Parente, o nosso eterno ponta-esquerda! Aguarde!
Aguarde o emocionante MRN Entrevistão com o Uri Geller