Juíza manda Claro, Tim e Twitter revelarem dados de fake que ofendeu Bandeira

A juíza Alessandra de Araújo Bilac Moreira Pinto atendeu os pedidos dos advogados de Eduardo Bandeira de Mello. Desta forma, mandou Claro, Tim e Twitter fornecerem dados que revelem quem era o usuário do perfil fake Roberto Dodien. Bandeira abriu um processo na Justiça criminal por calúnia, injúria e difamação contra o dono do perfil.

Na semana passada, após resposta a determinação inicial da Justiça, o Twitter revelou que os tweets com ofensas a Bandeira vieram de computadores na Rua da Assembleia. Isto aumentou as suspeitas de que o dono real do perfil seja o vice-presidente do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches.

Leia mais: Perfil atribuído a Dunshee ofendeu de Lula a Bap

Isto porque o escritório de advocacia Tostes Associados, onde Dunshee trabalha, funciona na Rua da Assembleia. Ao abrir o processo, Bandeira expôs suas suspeitas de que Dunshee, antigo aliado e atual adversário político do ex-presidente do Flamengo e deputado, seja o dono do perfil.

O que a júiza determinou à Claro, à Tim e ao Twitter

Na sua decisão, a juíza Alessandra de Araújo afirmou que o fornecimento de informações por Claro, Tim e Twitter é “a única forma de se prosseguir na investigação para averiguar a existência do delito e sua autoria”.

A decisão veio após o Ministério Público se posicionar a favor do pedido dos advogados de Bandeira. A Claro e a Tim terão agora que fornecer o nome completo e o CPF dos usuários dos protocolos de internet (IPs) que o Twitter atribuiu à conta de Roberto Dodien. Já o Twitter terá que revelar qual e-mail e número de telefone que o usuário informou para criar a conta.

Se condenado no processo, o autor das ofensas a Bandeira pode ser sentenciado a até dez anos de prisão.