Jornalista compara ‘traição’ de Felipão com a de Vitor Pereira: ‘Está na moda’

A saída de Felipão do Athletico-PR para comandar o Atlético-MG movimentou a última semana. Adversário do Flamengo na Copa do Brasil, o clube sulista contava com o trabalho de Scolari como diretor-técnico, mas foi surpreendido com a escolha do professor em ir para solo mineiro. Para o jornalista Rodrigo Bueno, as traições viraram moda no futebol, e relembra situação semelhante envolvendo Vitor Pereira, Corinthians e Flamengo.

De acordo com Bueno, a saída de Felipão para o Atlético Mineiro foi pior do que a troca de Vitor Pereira. Isso porque, o experiente técnico brasileiro deixou o CAP em meio a temporada, para um rival direto, já que o Atlético disputa no mesmo grupo que os paranaenses na Libertadores. Enquanto isso, Vitor Pereira escolheu o Flamengo em momento mais oportuno.

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“É traição. Traição está na moda, inclusive. Vítor Pereira saiu como traíra do Corinthians. Eu acho que talvez seja pior (a do Felipão). Ele falou a história da sogra, o corintiano se sentiu traído. Disse que voltaria para a Europa e no outro dia estava no Flamengo. O Galo está no mesmo grupo da Libertadores que o Furacão, são adversários, disputam posição”, disse Rodrigo Bueno no programa F90.

Jornalista questiona motivação de Felipão para assumir Atlético

Em seguida, Bueno completou: “Felipão veio para o Athletico acreditando no projeto, deram uma tremenda carta branca. Técnico, diretor. Furacão é ambicioso, cresceu nesse século, apostou no Felipão, um nome grandão, história na Libertadores e tal. Viram o Felipão trocar por um outro brasileiro, falou que não ia mais treinar clube brasileiro, e da mesma chave na Libertadores. Por quê? Projeto? Vai ter uma arena?/’, questionou Rodrigo.

Por fim, Bueno lamentou pela torcida do Athletico-PR. “Torcedor do Furacão tem todo o direito de ter o sentimento de traição. Eu acho que, para mim, entra no pacote da traição. Aqui no Brasileiro é muito comum. Dorival larga o Ceará pelo Flamengo, Ceni no Fortaleza”.

Saída de Felipão deixou Athletico-PR sem técnico

Aos 74 anos, Felipão deu a palavra ao final do ano passado, que não comandaria mais nenhum outro clube brasileiro. Dessa forma, o treinador aceitou a proposta de se tornar o diretor-técnico do Athletico-PR, cargo que exercia até a última semana. Com o Atlético-MG, Scolari assinou vínculo até dezembro de 2024.

Com a saída de Felipão, o Athletico-PR se encontra sem um comandante para a sequência da temporada. Isso porque, Paulo Turra era nome indicado e bancado por Scolari, e sem ele em Curitiba, não existiam motivos de Turra seguir no comando do time. Nesse sentido, o time paranaense segue sem um treinador, mesmo diante de competições importantes acontecendo.

No próximo mês, inclusive, o Athletico encara o Flamengo pela Copa do Brasil. Dessa forma, caso o clube não contrate nenhum profissional até lá, o auxiliar Wesley Carvalho será o responsável por comandar o CAP contra o Mengão.