A pré-temporada não teve saldo positivo, os testes não apresentaram a resposta necessária e o Flamengo entrou pressionado no jogo contra o Atlético-MG. O time, ainda sem os reforços vindos do exterior por burocracia, teve um 1° tempo muito ruim, mostrou reação no 2° e, mesmo não jogando bem, venceu para aliviar a pressão.
Muricy entrou com os mesmos jogadores que vinham começando os jogos amistosos, mas mudou o esquema para o 4-3-3 que também vinha sendo usado nos treinos, a novidade ficou por conta do posicionamento de Emerson Sheik, que trocou de posição com Éverton.
Paulo Victor – Rodinei, Wallace, Juan, Jorge – Arão, Márcio Araújo, Emerson -Gabriel, Guerrero, Éverton
No 1° tempo o Flamengo era uma zona completa, o meio-campo completamente perdido em seu posicionamento defensivo e ofensivo não conseguia criar e nem proteger a zaga, o que permitiu ao Atlético-MG chegar com frequência “na cara” dos zagueiros, que até se comportaram bem diante da pressão inicial.
Rodinei apesar de ser veloz e ter ímpeto errou tudo e ainda não voltava para recompor como devia, Márcio Araújo corria errado e estava sempre atrasado, fora os erros de passe e falta de contribuição na armação, Arão corria por todos os lados e estava sempre no lugar errado, não conseguia criar e nem se entender com os companheiros, Sheik estava deprimente sem contribuir na marcação, arriscando piques apenas com a bola no pé, porém caindo pra lateral ao invés de tentar criar. Os demais até estavam se esforçando, porém sem ter com quem jogar, nada fluía e as jogadas morriam no meio campo, raramente alcançavam a zona de ataque e mesmo assim não acertavam o último passe.
No intervalo Muricy não fez alterações entre os jogadores e no posicionamento destes, mas o time voltou diferente, com vontade e ímpeto de vencer. O Atlético-MG que havia dominado, mas sem conseguir abrir o placar, voltou mais cansado e pesado em campo, o que favoreceu o domínio inicial do Flamengo.
Contudo, dominar o jogo tendo a bola a maior parte do tempo não significa jogar bem, principalmente quando não se consegue criar boas jogadas de ataque. Foi necessário um bom tempo até Éverton pegar uma sobra de bola e finalizar obrigando Victor a fazer boa defesa, depois o mesmo Éverton saiu correndo feito louco para chegar com a bola até a linha de fundo, sozinho, e errou o cruzamento pra área onde Guerrero e Sheik chegavam.
Foto: Site do Atlético-MGJá passados 15 minutos do 2° tempo, Muricy trocou Gabriel por Cirino, logo depois o Atlético-MG teve um bom ataque, mas a bola atingiu o rosto de Sheik o levando a nocaute, o time da casa meio que parou, mas o Flamengo não e Cirino partiu velozmente com a bola até a intermediária, onde encontrou Guerrero livre para chutar forte e colocado, abrindo o placar. A vitória parcial mudou o jogo, a pressão passou para o Atlético-MG e o jogo ficou mais aberto, o que não necessariamente se reverteu em mais chances de gol pro Flamengo, ainda sem poder de criação.
Apesar de algumas trapalhadas do sistema defensivo no meio campo, as atuações seguras de Wallace e Juan, bem coberto por Jorge, compensaram e garantiram a Paulo Victor menos complicações que o normal, o que resultou em um jogo sem o Flamengo sofrer gols. Após os 40 o Flamengo ainda ganhou de presente mais um gol, quando Jorge recuperou a bola e lançou para Sheik, que amorteceu com o peito e sobrou para Guerrero sair sozinho, em velocidade, e chegar na cara de Victor para marcar o 2°.
Não resta dúvidas de que Mancuello será titular quando for regularizado, Cuellar ainda precisa treinar antes de estrear, mas o fato é que só mudar nomes não vai resolver os problemas do Flamengo, esse time ainda precisa treinar muito mais para se acertar e jogadores que andam em campo ou não têm o mínimo de inteligência de jogo não podem continuar no time.
Saudações Rubro-Negras