Com dois tempos de 45 minutos, mais um bom tempo de acréscimos, é possível dizer que no Fla x Flu desse domingo (16) aconteceu praticamente tudo que pode acontecer num grande clássico, desde o óbvio até o imprevisto, desde o clímax até o anticlimático.
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Mas vamos começar pelo óbvio, que com certeza você já deve saber qual é.
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Cebolinha, nossa esperança de desafogo pela direita, ganhou outra chance como titular e, mais uma vez, não convenceu. Confuso na construção das jogadas e incapaz nos confrontos individuais, foi substituído por Luiz Araújo. Esse, talvez na intenção de fazer com que sentíssemos falta de Cebolinha, teve como principal participação uma falta pra cartão vermelho. E deixou a equipe com um a menos na reta final da partida.
Também não chega a ser surpresa o quanto a arbitragem do clássico foi ruim. Além de três lances capitais – a dita expulsão e um gol anulado pra cada equipe – que aconteceram na cara do juiz e mesmo assim o VAR precisou alertar, presenciamos um verdadeiro festival de faltas não marcadas, marcações duvidosas e critérios incoerentes. Se os juízes brasileiros iam melhorar, com certeza não decidiram começar hoje.
E tivemos algumas surpresas também, principalmente na figura de Matheus Cunha, o rapaz que surgiu como reserva do reserva da meta rubro-negra e cada vez mais vem deixando claro que não tem a menor intenção de vender fácil a titularidade, seja para Santos ou Rossi.
Clássico da decepção
Mas no geral, o que mais tivemos no clássico desse domingo foi anticlímax. Desde um Flamengo que parecia embalado mas se fez presente em campo por no máximo 30 minutos, até um Fluminense treinado pelo homem que deveria salvar o futebol brasileiro mas passou ao menos metade da partida só fazendo faltas e reclamando, o que deveria ser um confronto entre dois dos principais times da temporada acabou parecendo muito mais uma pelada de bairro com breves lampejos de qualidade e um vizinho com grave astigmatismo segurando o apito.
Um resultado que, mais do que prejudicar as aspirações do Flamengo na busca pelo título brasileiro – estamos agora 12 pontos atrás do Botafogo, líder cada vez mais isolado – traz mais uma vez à tona a irregularidade de um Flamengo que segue oscilando e incapaz de encontrar soluções para certos problemas.
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Isso porque – e aí também não existe surpresa alguma – seguimos sem opções de criação para um dia ruim de Everton ou Arrascaeta. Seguimos com problemas pelo lado direito, já que Cebolinha ainda não disse a que veio. E mais uma vez cedemos o controle de uma partida que começou sendo nossa e terminamos sofrendo uma pressão pra lá de desnecessária.
Pontos que se deve e precisa corrigir o quanto antes, não apenas na janela de transferências quanto na organização da equipe dentro de campo. Porque no futebol muitas coisas podem acontecer, mas uma que jamais deveria é a equipe rubro-negra parecer perdida em campo. Foi, aliás, o que ocorreu no segundo tempo da partida de hoje.
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