Rodrigo Caetano, Fernando Gonçalves, Victor Hugo, Mozer e o “Centro de Inteligência de Mercado”. Peças ineficientes e caras em um departamento ineficiente.
Escrevo esse texto com um gosto amargo na boca, um sentimento que deve estar presente em cada flamenguista hoje.
O ano que deveria ser mágico na verdade foi trágico e só não foi pior porque uma mão na bola no último jogo do Brasileirão nos deu a classificação direta para a Libertadores. E até isso foi de forma vergonhosa para o Flamengo, se classificando em 6º lugar devido ao título do Grêmio na Libertadores.
Tá na hora da nossa torcida acordar para a realidade, estamos vivendo de soberba há tempo demais. Vivemos das nossas glórias até a década de 80, já que de 1993 pra cá o Flamengo é outro. Um time que vacila em momentos decisivos e vive de títulos esporádicos e sem planejamento.
Esqueçam o tri rebaixamento do vasco, a série C do fluminense, os 22 anos sem título expressivo do botafogo. Nada disso importa, tudo isso é pequeno diante do Flamengo. Enquanto nós flamenguistas não acordarmos para a realidade do Flamengo, vamos viver de coisas pequenas como zoar esses pequenos rivais que temos.
Tá na hora de ligar o sapatinho máximo, assim como foi em 2009. Baixar a bola um pouco e focar no que realmente interessa: ter um Flamengo forte e vencedor. Eu gostaria de ver a torcida se perguntando o porquê de um ano tão fracassado. Com um elenco cheio de “craques”, o ano não deu certo por quê?
O ano deu errado devido ao péssimo planejamento e gestão do departamento de futebol do clube. Um departamento que deveria ser de excelência, com metas baseadas em títulos e não em vagas, com avaliação constante e realista do trabalho de cada funcionário. EBM e Fred Luz transformaram o setor num Clube do Bolinha, onde quem está lá só está porque agrada o chefe de alguma maneira e não porque é bom no que faz.
Rodrigo Caetano, Fernando Gonçalves, Victor Hugo, Mozer e o “Centro de Inteligência de Mercado”. Peças ineficientes e caras em um departamento ineficiente.
Rodrigo Caetano só acumulou vexames pelo Flamengo. Em 2015 tivemos um recorde de derrotas no Brasileirão (foram 19). Em 2016 fomos eliminados de tudo e não tivemos personalidade para brigar pelo título do BR no fim. Em 2017 fomos eliminados na primeira fase da Libertadores e levamos dois vices. E zero títulos grandes no período. Mas ele continua lá com carta branca para montar o elenco do Flamengo por mais um ano.
Eu já considero esse 2017 um ano de rebaixamento, a vergonha e a tristeza são equiparáveis a isso. A torcida precisa acordar logo, acordar pra fazer o Flamengo crescer e assumir seu posto de grande clube. Chega de comemorar jogador, chega de “homão da porra” e “presidente mito”, enquanto o Flamengo não ganhar títulos a torcida tem que manter a cobrança e a disciplina. Não há o que comemorar antes da vitória, antes das taças.
Espero que 2017 sirva de reflexão para todos nós, não podemos ter outro ano assim. Não podemos ter outra cena ridícula de dirigentes indo a campo comemorar 6º lugar e vaga na Libertadores. Ou nós torcida começamos a entender o nosso papel nesse momento ou nada irá mudar.
SRN.
Sou colaborador do Mundo Rubro Negro desde os primeiros dias. Já publiquei matérias no MRN Informação e agora traço minhas opiniões aqui no Blog Resenha Rubro-Negra. Siga-me no Twitter: @George_CRF e @RESENHA_MRN
Foto destacada nas redes sociais: Gilvan de Souza