Terminou o julgamento de Paolo Guerrero. Após uma sessão de quatro horas frente às autoridades da FIFA, o atacante e seus advogados deixaram a sede da entidade confiantes de que conseguiram provar a inocência do atleta depois de seu exame antidoping ter dado positivo para o estimulante benzoilecgonina, em teste feito após a partida que ele atuou pela seleção peruana contra a Argentina, no dia 5 de outubro. A defesa espera que a decisão final seja emitida em uma semana. A pena varia de uma advertência até quatro anos de suspensão, o que praticamente decretaria o fim da carreira do peruano.
“Estou tranquilo, porque sou inocente. Vim até a Suíça para demonstrar essa inocência. Graças a Deus consegui todas as provas que são fundamentais. Com certeza (estou seguro da absolvição). Só falta eles tomarem a decisão”, afirmou o camisa 9 da Gávea, que também ressaltou que o uso de cocaína já foi descartado. “Foi um julgamento de quatro horas. Durou muito tempo, mas graças a Deus provamos tudo. A Fifa descartou o uso de cocaína. Isso não conta mais. Agora só falta a decisão da Fifa
Além do atacante, também depuseram testemunhas levadas pelos advogados de atleta. As principais provas de defesa eram um exame do cabelo de Guerrero e também o fato de que a quantidade da substância estimulante era muito baixa para poder gerar algum efeito real e beneficiá-lo em campo.
O atacante mostrou que ainda não digeriu toda a situação, mostrando-se insatisfeito por não poder jogar tanto pela seleção quanto pelo Flamengo. “Estou resolvendo essa questão da minha carreira antes de pensar em ir à Copa. Quero resolver, porque minha vida é jogar futebol. Nesses 30 dias (de suspensão provisória) me cortaram as pernas, porque não pude jogar. Primeiro é resolver isso.”
Caso for considerado culpado, o jogador ainda pode recorrer ao Tribunal de Apelação da FIFA, podendo até mesmo chegar à Corte Arbitral do Esporte (CAS). Reveja o histórico completo do caso.
Foto: Site Oficial do Flamengo