O governo do Rio confirmou a vitória do Consórcio Fla-Flu, liderado pelo Flamengo, na licitação pela concessão do Maracanã pelos próximos 20 anos. Durante o processo de licitação, o Consórcio Fla-Flu se comprometeu a pagar uma outorga anual de cerca de R$ 20 milhões anuais pelo estádio e investir em reformas de quase R$ 400 milhões.
Agora, Flamengo e Fluminense terão 60 dias para criar a Empresa Fla-Flu e assinar o contrato com o estado. Os 20 anos passarão a contar a partir do prazo de assinatura de contrato. Até a assinatura, continuará valendo o Termo Provisório de Uso em vigor desde 2019 e renovado em outubro do ano passado.
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Como o MRN revelou, a empresa Fla-Flu será controlada pelo Flamengo, que terá 65% de participação contra 35% do Fluminense. Isso significa que o Flamengo ficará com 65% das receitas, mas também terá que bancar 65% das despesas do estádio.
O acordo é apenas para a manutenção e operação diária do estádio. Nos jogos, cada clube fica com a receita líquida total – ou prejuízo no caso dos jogos deficitários.
Somando outorga e investimentos no estádio, o Flamengo deve gastar mais de meio bilhão no Maracanã nos próximos 20 anos. Com as obras concentradas nos três primeiros anos da concessão, o Maracanã só deve passar a dar lucro para a Empresa Fla-Flu a partir do quarto ano da concessão. A partir daí, o Flamengo estima uma rentabilidade de 10% no estádio.
Maracanã não fará Flamengo desistir de estádio próprio
Apesar de garantir o Maracanã como casa pelos próximos 20 anos, o Flamengo continuará as tratativas para ter seu estádio próprio. O presidente Rodolfo Landim entende que o Maracanã tem limitações de rentabilidade e nunca resolverá o problema do excesso de jogos e da requisição para outros grandes eventos. A ideia é, uma vez que o estádio do Flamengo esteja construído, manter a administração do Maracanã com jogos do Fluminense e outros eventos.
A assinatura do contrato ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Deliberativo do Flamengo. No caso improvável de que o conselho rejeite a possibilidade, o Consórcio Fla-Flu terá que pagar uma multa equivalente a 10% do valor da outorga (cerca de R$ 40 milhões) por não assinar o contrato e o Consórcio Maracanã Para Todos, formado por W/Torre e Vasco, que ficou em segundo lugar na licitação, será chamado a assumir.
O consórcio vascaíno ainda questiona a licitação na Justiça, por suposto favorecimento ao Consórcio Fla-Flu. O clube e a W/Torre, entretanto, perderam seu principal argumento depois que o Flamengo apresentou a maior proposta financeira – o Consórcio Maracanã Para Todos reclamava que a proposta técnica, que privilegiava o maior número de jogos, tivesse mais peso que a financeira.
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