Governo Lula quer CBF e clubes engajados em projeto por ingresso social

Nesta quarta-feira (20), o Governo Lula realizou lançamento do Projeto Estádio Seguro, em Brasília. Durante a cerimônia, André Fufuca, novo ministro do Esporte, propôs criação de ingresso social e pediu a colaboração da CBF, federações e clubes presentes. Presidente do Flamengo, Rodolfo Landim representou o clube ao lado do diretor de Relações Governamentais Aleksander Santos.  

André Fufuca pretende criar grupo de trabalho, que será liderado pelo Ministério do Esporte, para debater a implementação de ingresso solidário para atender torcedores de baixa renda. No entanto, o projeto ainda está em fase inicial

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“Quero que montemos um grupo de trabalho, a CBF, o Ministério dos Esportes, os clubes e federações para que possamos instituir o ingresso social. A segurança é importante, mas a inclusão também de quem recebe um salário, dois, e não têm R$ 600 para pagar pelo bilhete”, disse o ministro do Governo Lula.

Nome importante do governo Lula, o ministro da Justiça Flávio Dino aprovou a ideia de André Fufuca e “ameaçou” o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Ele afirmou que, mesmo que não aconteça acordo com a entidade, o governo dará todo o apoio necessário.

“Aqui no Ministério da Justiça você tem parceiros para o que precisar. Se as conversas com a CBF não andarem bem, nós temos a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom), torcedor do Vasco, mais sofredor do que eu (botafoguense). Você terá no governo o apoio necessário para fortalecer essas linhas de trabalho”, afirmou.”

As declarações dos ministros acontecem dias após o primeiro jogo da final da Copa do Brasil, entre Flamengo e São Paulo. O Rubro-Negro recebeu diversas críticas por comercializar os ingressos em valores altíssimos: entre R$ 400 (inteira) e R$ 4.500.

Senacom notificou o Flamengo por preço dos ingressos para final da Copa do Brasil

Na última semana, a Secretaria Nacional do Consumidor notificou Flamengo, São Paulo e CBF em função dos valores para final da Copa do Brasil. Segundo o o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, o objetivo é apurar possíveis violações do Código de Defesa do Consumidor.

“Nós estamos pedindo explicação ao Flamengo e à CBF, assim como ao São Paulo, para explicar o valor desse preço. Como se chegou a esse valor? Que itens compõem essa precificação? E, de acordo com a resposta que vier, nós adotaremos as providências que nos cabem para fazer valer as diretrizes do Código do Consumidor e da Lei Geral do Esporte, quando se trata de preço de ingresso do futebol”, explicou o executivo.