Geraldo 70 anos: Craque que teria sido parceiro ideal de Zico no maior Flamengo de todos

O Flamengo dos anos 1980 ganhou literalmente tudo. Da humilde Taça Guanabara ao insuperável Mundial de Clubes, o time comandado pro Zico foi responsável por elevar o Rubro-Negro ao posto de maior clube do Brasil. E fez tudo isso sem um dos seus mais talentosos jogadores. Geraldo Cleofas Dias Alves, nascido em 16 de abril de 1954, morreu em uma mesa de operação aos 22 anos, em 26 de agosto de 1976. Nesta terça (16) estaria completando 70 anos.

O mineiro de Barão de Cocais, há menos de 100 quilômetros de Belo Horizonte, era menos de um ano mais novo que Zico, com quem formou uma dupla de meio de campo infernal. Considerado um dos jogadores mais técnicos que já vestiram a camisa do Flamengo, Geraldo atuou em 169 jogos entre 1973 e 1976. Marcou apenas 13 gols.

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Sobre o companheiro de time e grande amigo, Zico era só elogios das aventuras dentro e fora de campo. Com a bola nos pés, faziam jogadas irresistíveis. O Galinho só tinha uma reclamação, que era o fato de que Geraldo não era goleador. O companheirismo fora de campo durou até Zico casar. Depois disso, as noitadas acabaram, segundo relatos do próprio Zico.

Operação de amígdalas matou Geraldo aos 22 anos

O craque que muitos torcedores consideravam até mais habilidoso que Zico morreu por causa de um choque anafilático causado pela anestesia para uma simples operação de retirada das amígdalas. Com medo de médico, Geraldo adiou o procedimento, como se estivesse pressentindo o que iria ocorrer. A fatalidade interrompeu a carreira e a vida de um jogador destinado a viver grandes conquistas.

Sobre a morte do amigo, Zico classificou de primeira grande perda em sua vida. O Flamengo seguiu em frente e construiu uma das mais duradouras hegemonias do futebol brasileiro. De 1978 até 1983, quando Zico foi para a Itália, foram três Estaduais, três Brasileiros, uma Libertadores e o eterno Mundial de 1981. Lá do alto, Geraldo certamente comemorou cada uma dessas conquistas.