A suspensão Gabigol por tentar fraudar exame antidoping foi publicada em lista oficial da Autoridade Brasileira de Controle Antidopagem (ABCD). O Camisa 10 do Flamengo se tornou o único entre 70 atletas brasileiros de diversas modalidades suspenso por “tentativa de fraude”, mas a sua pena acompanha infrações mais severas.
Gabriel foi condenado a dois anos, que contam desde a data do fato e vão até o dia 7 de abril de 2025. Ele está ao lado de outros nove atletas suspensos por dois anos. Desses esportistas, seis foram punidos por presença de substância proibida em exame, dois por falha de localização e um por violar suspensão anterior.
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Gabigol recebeu o mesmo tempo de suspensão que a ciclista Tamara Martins, por exemplo, que testou positivo em exame antidoping por uso de metabólicos de estanozolol e Hidroclorotiazida. A primeira substância é um esteroide anabolizante derivado da testosterona, enquanto a segunda tem forte ação diurética.
Quem também recebeu dois anos de suspensão foi o atacante Cleber, do Ceará. Ele testou positivo para Citrato de Tamoxifeno. A substância faz o atleta evitar lesões por aumentar a lubrificação articular e, além disso, atua como estimulante da testosterona. Ou seja, Gabigol foi punido da mesma forma que atletas que utilizaram substâncias proibidas para ganhar vantagem esportiva.
Há dois atletas punidos por fraude na lista da ABCD. O primeiro é o ciclista Antônio Fernando, que recebeu suspensão de quatro anos em 2022. O atleta faltou exame antidoping em junho e apresentou desculpa, mas testou positivo em corrida do mês seguinte e pegou gancho até o fim de 2026.
Já o também ciclista Júlio César Franco foi suspenso por oito anos em agosto de 2020 e só poderá retornar em 2028. Não há muitos detalhes sobre a suspensão, mas punições dessa duração costumavam ser para casos de reincidência, e ele já tinha se recusado a fazer exame no ano anterior. Veja lista da ABCD completa.
Flamengo e Gabigol vão recorrer de suspensão no CAS
Os casos com mesmo tempo ou infração similar são muito mais graves que o de Gabigol. O atleta do Flamengo é acusado de atrasar processo de coleta, falta de educação com fiscais, tentar esconder a genitália na hora de urinar e entregar pote aberto. Mesmo com resultados negativos em exames de sangue e urina, o tribunal considerou os atos como passíveis de punição severa.
O Flamengo e o atleta, no entanto, contestam alegações dos fiscais. A primeira é que Gabriel atrasou o exame, já que estava seguindo recomendações do clube, e também sobre a tentativa de esconder a genitália. Isso porque um fiscal teria dito ter visto a urina sair de uretra do atleta, o que anularia a principal acusação para tentativa de fraude.
Assim, o clube e a defesa do jogador já estipulam estratégia para entrar com recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS). Um novo julgamento deve levar até seis meses, mas os advogados apresentarão também solicitação de efeito suspensivo, que permitiria o jogador atuar até resultado final.
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