O Flamengo venceu o Audax-Rio pelo Cariocão, na noite da última quinta-feira (10). Mas não foi a vitória que chamou atenção. Autor de um dos gols do triunfo por 2 a 1, Gabigol usou o tamanho da influência que tem para comemorar com gesto antirracista.
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O camisa 9 marcou um golaço no seu jogo de número 150 com a camisa rubro-negra. Na comemoração, cerrou seu punho para o público, em protesto ao racismo que sofreu no jogo anterior, contra o Fluminense.
Gabigol participou do programa “resenha com o Craque”, da Fla TV, e voltou a falar sobre o assunto. Por isso, se mostrou triste e indignado com a situação e afirmou que espera que as medidas cabíveis sejam tomadas.
“Não conseguimos achar quem foi. Mas é uma cena muito triste, porque meus pais estavam lá, meus amigos. É algo que não é viável, não tem tamanho. Fiz isso (comemoração antirracista) porque posso representar muitas pessoas que sofrem e a gente não vê. Ter uma voz ativa é muito importante. Espero que as devidas medidas sejam tomadas. O Flamengo está se posicionando, o Fluminense também, recebi mensagem do Vasco. É algo além do futebol”, afirmou o ídolo do Flamengo.
O caso de racismo no Fla-Flu
Gabigol estava deixando o campo do Estádio Nilton Santos, e desceu no túnel em frente ao setor onde estavam os torcedores do Fluminense. Os tricolores o provocaram.
Mas uma das provocações passou dos limites, e foi possível ouvir, em um vídeo que circulou na internet, um dos torcedores chamando Gabigol de ‘macaco’.
O Fluminense soltou nota oficial, e o presidente Mario Bittencourt chegou a falar sobre o assunto, mas repercutiu negativamente. O mandatário disse que também sente o racismo por conta de sua esposa, que tem raízes negras.