Após o apito final no empate entre Flamengo e Internacional, Gabigol reclamou com o árbitro e recebeu mais um cartão amarelo. Nas redes sociais, torcedores reclamaram de mais um ato de indisciplina do atacante rubro-negro, que para muitos, não estaria pendurado.
No entanto, em entrevista na beira do gramado, Gabriel revelou que forçou o cartão por não jogar contra o Cuiabá no final de semana e que estava pendurado: “Eu tinha que tomar um cartão, né? Próximo jogo não vou jogar, então tinha que tomar o terceiro”.
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E foi aí que a polêmica começou. Gabigol estaria pendurado ou não? O cartão amarelo foi desnecessário ou o camisa 9 agiu corretamente? A dúvida ficou por conta da sua expulsão contra o Ceará, na 25ª rodada, quando o atacante recebeu dois amarelos e depois cumpriu suspensão contra o Goiás.
Após a expulsão, Gabigol só recebeu outro cartão amarelo contra o Fluminense. Ou seja, a advertência contra o Internacional seria apenas o seu segundo. No entanto, de acordo com regra da CBF, os cartões amarelos que resultaram na expulsão contra o Ceará não são considerados no acúmulo de cartões. Veja o artigo 47 do regulamento geral de competições da Confederação:
“Quando um atleta receber 1 (um) cartão amarelo e, posteriormente, receber 1 (um) segundo cartão amarelo, com a exibição consequente do cartão vermelho, tais cartões amarelos não serão considerados para o cômputo da série de 3 (três) cartões amarelos que geram o impedimento automático”.
Gabigol estava pendurado
Portanto, de acordo com o artigo 47, os cartões recebidos anteriormente não zeraram com a sua expulsão. Então, somando os cartões contra o Juventude, na 18ª rodada, e Fluminense, Gabigol entrou pendurado contra o Internacional. Logo, o ídolo rubro-negro estava certo e cavou bem a suspensão para não enfrentar o Cuiabá.
No entanto, a questão emocional e disciplinar de Gabigol precisa ser trabalhada. O atacante é um dos que mais recebe cartões amarelos no Campeonato Brasileiro (9), um a menos do que os líderes do ranking, Felipe Bastos, Richardson e Saravia.
A curiosidade é que todos os cartões aplicados ao artilheiro do Flamengo foram por reclamação ou por discutir com o adversário, nenhum por falta.