Flamengo x Atlético-GO: goianos pressionam arbitragem e CBF escolhe inexperiente

Flamengo e Atlético-GO se enfrentarão no próximo domingo (28), às 16h (horário de Brasília) e o designado a apitar o jogo já entrará em campo pressionado. Após sofrer empate no último minuto dos acréscimos contra o Bahia, na quarta-feira (24), tanto o técnico do clube goiano, Vagner Mancini, quanto o CEO, Adson Batista, falaram muito sobre a arbitragem em suas coletivas.

O treinador do Atlético-GO se disse “perplexo” com a decisão do juiz de não encerrar o jogo após os 7 minutos de acréscimo sinalizadas inicialmente. Isso porque o gol de empate do Bahia saiu exatamente após esse tempo acrescido, o que gerou revolta em campo.

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“Estou, sinceramente, perplexo até agora. Não dá para entender o que o árbitro quis fazer no fim do jogo. Ele deu seis minutos a mais e depois deu mais um minuto de jogo. Aí sai um impedimento e faltavam 20 segundos. O Bahia bate a infração e ele (árbitro) manda voltar. Nisso, estourou o tempo. Na viagem da bola, se ele fosse um árbitro preparado para a Série A, ele acabaria o jogo”, disse Vagner Mancini.

Adson Batista, por sua vez, sugeriu que o árbitro sempre tende a beneficiar equipes mais famosas e midiáticas. A declaração, claro, tem a finalidade de pressionar a arbitragem contra o Flamengo, o clube mais popular do Brasil, e que foi citado por ele.

“O VAR se posiciona de acordo com a camisa, com o que dá menos desgaste na mídia e no Brasil. Isso é minha opinião. Estou falando que alguém é malandro, desonesto? Não. São critérios (diferentes) que eles adotam para Palmeiras, Flamengo, São Paulo, Botafogo, que esculhambou com o futebol brasileiro e não apresentou nada”, declarou o CEO do Atlético-GO.

CEO do Atlético-GO já deu chiliques e fez acusações contra o Flamengo

Essa não é a primeira vez que Adson Batista pressiona e fala barbáries da arbitragem em seus jogos. Na estreia do Brasileirão desse ano, o jogo entre Flamengo e Atlético-GO foi marcado por muitas reclamações do time de Goiás.

Na ocasião o Flamengo ficou com um jogador a mais, no fim do primeiro tempo, após a expulsão do zagueiro Alix Vinicius, por fazer falta sendo o último homem. Teve também a expulsão do técnico do Atlético-GO na época, Jair Ventura, ainda no primeiro tempo. E um pênalti no final do jogo para o Flamengo.

A cúpula de ex-árbitros e vários programas esportivos concordaram com todas as marcações do jogo. E, mesmo assim, o CEO do clube goiano quis justificar a derrota do seu time em erros de arbitragem.

“Hoje aqui foi um assalto. Uma vergonha. A máfia da arbitragem estava hoje aqui presente. Se o Ednaldo não tiver moral para tomar uma atitude ele pode desistir. Tirou meu treinador, inverteu tudo, tumultuou de todos os sentidos. Hoje esse cidadão entrou aqui para desestabilizar nosso time.”, declarou Adson na época.

O lanterna do Campeonato Brasileiro é o time com mais expulsões até aqui, são dez cartões vermelhos em 19 jogos. Será mesmo que todos os árbitros erram e tem problema com o Atlético-GO?

CBF pecou na escolha?

Diante de toda essa pressão, a CBF escolheu Gustavo Ervino Bauermann (SC) para apitar o jogo do Maracanã. Um árbitro muito jovem (28 anos) e com pouca experiencia nessas situações de pressão. Já apitou seis jogos nesse Brasileirão, com média de 6 cartões amarelos por jogo. Seu estilo permite pouco contato e muita conversa.

Com 24,5 faltas marcadas por jogo, ele para muitas jogadas por contatos leves, comprometendo o andamento do jogo. Por isso, sua média de acréscimos é mais alta: 8 minutos por jogo só no Brasileirão.

Ele, inclusive, foi quarto árbitro no confronto entre Flamengo e Atlético-GO no primeiro turno, jogado no Serra Dourada. Essa será a primeira vez que ele apitará um jogo do Mais Querido.