Flamengo mantém limite de entrada a novos sócios off-Rio

A emenda proposta por um grupo de sócios de oposição que tentava derrubar o limite máximo ao número de sócios off-Rio foi derrotada. Com isso, o clube continua limitando a mil o número de sócios da categoria.

O presidente Rodolfo Landim e o vice-presidente Rodrigo Dunshee argumentaram contra a apreciação da proposta e votaram contra. Landim disse inclusive que vai propor uma emenda ao estatuto para que o tema não possa mais ir a discussão no seu mandato.

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A proposta de emenda veio dos ex-candidatos à Presidência Ricardo Lomba, Walter Monteiro e Ricardo Hinrichsen, entre outros conselheiros. Eles reuniram 50 assinaturas para garantir que a emenda fosse votada na forma que eles propuseram.

A Comissão de Estatuto havia sugerido uma mudança de redação que tirava o limite de mil sócios off-Rio. Ela mantinha, porém, um limite. Os off-Rio só podiam representar 20% dos sócios contribuintes.

Na prática, isso representaria uma restrição ainda maior do que os mil off-Rio do limite imposto no ano passado.

Após discussão, o presidente do Conselho Deliberativo, Antônio Alcides, decidiu colocar a proposta original em votação. Apenas 59 dos cerca de 250 conselheiros presentes, porém, votaram a favor do fim do limite. Com isso, o clube continua podendo ter no máximo mil sócios off-Rio.

Cerco ao off-Rio desde 2020

A gestão Landim vem promovendo um cerco ao sócio off-Rio desde 2020. Naquele ano, em plena pandemia, o aumento de mensalidade foi de 165%. Com isso, a maioria dos sócios da categoria desistiu.

Atualmente, apesar da enorme torcida em todo o Brasil, o Flamengo tem apenas cerca de 300 sócios off-Rio. Os remanescentes pagam mensalidades de R$ 240. Em 2020, o valor era de apenas R$ 64.

O sócio off-Rio tem direito a frequentar a sede no máximo 30 dias por ano, bem como pode votar nas eleições para presidente após três anos de associação. Para isso, porém, precisa vir ao Rio – já que o Conselho também se negou a analisar a criação do voto à distância no clube.