Balanço aponta crescimento em investimentos e supervalorização na compra e renovação de jogadores como Rodinei (R$ 6 Mi) e Dourado (R$ 15,6 Mi)
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O Flamengo publicou em seu site oficial, na noite desta quinta-feira, 01/11, o balanço patrimonial relativo ao terceiro trimestre de 2018 (julho/agosto/setembro) da gestão Bandeira de Mello.
Com a chegada de Vitinho, Uribe e Piris da Motta, a chamada janela de meio de ano totalizou gasto com aquisições de direitos econômicos de jogadores na casa dos R$ 72,2 Mi.
Veja a entrevista com Alexandre Rangel, sócio da auditoria esportiva Ernst & Young
Comprado junto aos russos do CSKA Moscow por 10 milhões de euros, Vitinho aparece no documento por um custo de R$ 53,9 Mi com adição de comissões. Vitinho é a maior compra da história do Flamengo, muito acima dos R$ 22 Mi investidos em Éverton Ribeiro, repatriado no mesmo período de transferências do ano anterior e símbolo de um Flamengo rico, que paga no débito, segundo o vice-presidente de Finanças Claudio Pracownik à época.
Fonte: Balanço trimestral – Flamengo.com.br
O volante Piris da Motta veio para suprir a falta de um reserva imediato de confiança para o xodó Cuéllar, já que Rômulo caiu em desgraça com a torcida. O atleta foi negociado pelos argentinos do San Lorenzo por R$ 13,5 Mi, somados direitos e comissões.
O centroavante Uribe completa a trinca de reforços do time nesta janela. Foi o primeiro a ser anunciado e não custou nada junto ao Toluca, clube mexicano em que atuou por três temporadas. Os R$ 4,8 Mi aos quais o Flamengo arcou para contar com o artilheiro colombiano configuram apenas luvas e comissões para intermediários do negócio.
O Flamengo é um dos clubes que mais investe em reforços no futebol brasileiro. No entanto, o custo exorbitante pouco tem contribuído com resultados positivos dentro de campo. Na atual temporada o Mais Querido novamente se apresentou mal na Libertadores, título sequer próximo de ganhar desde os anos 80. Na Copa do Brasil, sucumbiu ao Corinthians, mesmo apontado como favorito. De taça pesada este ano sobrou o Brasileiro, a 7 rodadas do fim, tem a difícil missão de tirar 4 pontos de vantagem do Palmeiras, seu principal rival também na capacidade de investimento.
Investimento chega a 104,6 milhões de reais em 2018
Henrique Dourado foi apresentado como sombra de Guerrero no início do ano. Artilheiro do Brasileiro 2017, foi comprado junto Fluminense por R$ 15,6 Mi. A negociação foi capitaneada pelo então diretor-executivo Rodrigo Caetano e os valores assustaram a torcida, mesmo animada com sua vinda. Atualmente no banco, será colocado no mercado por Ricardo Lomba, caso vença as eleições. Segundo um interlocutor ligado ao futebol, o clube espera ao menos minimizar os prejuízos financeiros. E não acredita em retorno técnico. A própria chegada de Uribe vem ao encontro dessa avaliação. O garoto Lincoln pede passagem e a atual política de vendas do clube aponta para que o jovem seja bastante usado em 2019.
A surpresa do balanço foi o custo comissionário de R$ 6Mi com a renovação de Rodinei. O lateral-direito é outro em que a torcida pega no pé e terá que apresentar um futebol muito melhor para reverter sua impopular situação. Rodinei sequer se firmou como titular por um longo período. Mesmo assim teve sua renovação anunciada em junho. Segundo apuração do MRN, o Flamengo recebeu uma proposta oficial de um clube do exterior mas optou por ficar pela sua manutenção e consequente renovação por temer naquele momento o mercado de laterais. Rodinei havia se firmado no time que vivia bela fase e era líder do Brasileiro pré Copa do Mundo.
A lista de investimentos do demonstrativo financeira ainda tem R$ 4,1 Mi com a negociação de Marcelo Cirino (o MRN tentará fazer um raio-X completo deste que é um dos mais confusas engenharias financeiras da Era EBM). Léo Duarte também recebeu comissão relativa à sua renovação. Cuéllar e seus agentes tiveram depositados R$ 800 mil também de luvas. Por fim há um “Outros”, referentes a negociações menores que somam R$ 4,8 Mi.
Foto destacada: Gilvan de Souza/ Flamengo
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