Todo torcedor do Flamengo que viveu o final dos anos 90 e início dos anos 2000 sabe quem foi Joubert Araujo Martins. Mais conhecido como Beto, o meio-campista infernizou os campos, mas também era figura assídua nas noites cariocas. Em conversa descontraída no Poidcats Flala Vegeta, com Bruno Torelly, nessa sexta-feira (11), Beto fez revelações irreverentes e bombásticas em quase duas horas de conversa.
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Depois de surgir como uma grande promessa no Botafogo campeão brasileiro de 1995, Beto foi para Itália jogar no Napoli, onde vestiu a 10 que tinha sido de Maradona. De volta ao Brasil, passou pelo Grêmio antes de estrear no Flamengo em 1998. Foram 177 jogos e 32 gols até 2002. Entre os títulos conquistados pelo Mais Querido, é impossível esquecer a Mercosul de 1999 e o tricampeonato estadual de 1999-2000-2001 sobre o Vasco, então um dos melhores elencos do Brasil.
No podcast, Beto falou sobre seu início humilde e sobre os sacrifícios que ele e a família fizeram para que o jovem pudesse ser jogador de futebol: “Quem me critica não sabe o que eu passei para chegar onde eu cheguei. Jogar no Flamengo foi a realização de um sonho.”
BOÊMIO COM MODERAÇÃO
Muito bem humorado, Beto não fugiu das perguntas sobre sua vida boêmia. Reconheceu que gostava de sair à noite, mas garantiu que jamais deixou seu estilo de vida atrapalhar seu rendimento: “Eu saia mesmo, quando ganhava e quando perdia, mas no dia seguinte tava lá às 9 da manhã puxando treino, primeiro da fila, sob um sol de 40 graus.”
PARCERIA COM ROMÁRIO
Beto falou também do relacionamento com Romário, grande estrela do Flamengo naquele tempo. Disse que o time sabia que tinha que jogar para o baixinho: “Ele não corria, mas resolvia os jogos. Eu e o Iranildo sabíamos que a bola tinha que chegar nele.” Já fora de campo, apesar de amigos, Beto e Romário não costumavam ir nas mesmas baladas por causa de gostos musicais diferentes: “Ele gostava de hip-hop e eu de pagode”.
PAI DE PROMESSA DO FLAMENGO
Nem só de passado viveu a conversa. Beto falou também do filho Pedrinho, de 18 anos, considerado uma promessa das divisões de base do Flamengo. Também meio-campista, Pedrinho tem contrato com o Flamengo até 2023 e está emprestado ao Azuriz-PR até o fim de 2022. “O moleque é talentoso, mas precisa amadurecer. Ele é Flamengo de coração e se Deus quiser vai brilhar com o Manto. Agora está lá no Paraná para ganhar casca. Sair debaixo de casa e ver o que é a vida.”
Assista a íntegra do Podcast Flala Vegeta com Beto.