Após o Conselho Deliberativo (CoDe) do Flamengo aprovar a limitação de sócios off-Rio para 1000, o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello se posicionou sobre o caso. O dirigente divulgou um vídeo nas redes sociais e disse ser contrário à pauta. Além disso, EBM lamentou a aprovação, criticando a parcela menor de votantes e, consequentemente, na concentração de poder do clube.
“Ontem estive no Conselho Deliberativo do Flamengo para votar contra a proposta de esvaziamento da categoria off-rio. Perdemos, temos que respeitar, mas quero deixar registrado que considero a decisão um retrocesso. Nesse momento, a gente deveria estar preocupado em alargar a base de eleitores do clube, em dar direito de voto aos sócios-torcedores”, disse Bandeira.
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A pauta foi aprovada, e um dos argumentos foi de que um grande número de sócios off-Rio poderiam “decidir por uma venda do clube”. A maioria, contudo, seguiu outra linha de argumentação: os proprietários cariocas pagam mais caro para terem direitos políticos, enquanto os sócios off-Rio devem ficar mais limitados por conta disso.
No entanto, Eduardo Bandeira seguiu outra linha de pensamento e vê um dano aos sócios off-Rio. Por outro lado, o dirigente garantiu seguir lutando pelo objetivo de “aproximar o Flamengo da Nação que ele representa”.
“Estamos caminhando para prejudicar a categoria off-rio. Mas tudo bem, a luta continua. Quem sabe um dia a gente vai conseguir aproximar o Clube de Regatas do Flamengo da Nação que ele representa. Um abraço e saudações rubro-negras”, finalizou.
Conselho Deliberativo do Flamengo absolveu Eduardo Bandeira de Mello
Em abril deste ano, o Conselho Deliberativo do Flamengo absolveu Eduardo Bandeira de Mello de uma expulsão do quadro associativo do clube. A votação final de 281 votos contra a punição e 135 favoráveis. O ex-presidente criticou o movimento e classificou o processo como de “natureza política” em entrevista ao Flow Sport Club.
Bandeira foi acusado de ferir o estatuto do clube ao dar uma entrevista para a ‘ESPN’, em 2020. Na ocasião, o presidente declarou o seguinte: “Se eu ainda fosse presidente, tenho quase certeza que não teria acontecido o incêndio. O que aconteceu ali, eu já não estava mais lá, e sinceramente não sei qual foi a causa. Mas espero que o MP chegue à verdade. Porque é muito desagradável ter inocentes sendo acusados de maneira totalmente injusta. Um deles sou eu”, declarou.
O CoDe chegou a punir o presidente com 90 dias de suspensão. No entanto, o dirigente recorreu e o recurso foi aceito pelos conselheiros na votação do dia 11 deste mês. A acusação se baseia no artigo 49 do estatuto.
“Art. 49. Veicular expressões desonrosas, por qualquer meio de comunicação, contra o FLAMENGO, ou os membros de seus Poderes, em campanha eleitoral, ou em razão de suas funções. Penalidade: suspensão até trezentos e sessenta dias ou eliminação.”