Evento conta com grandes nomes do futebol brasileiro, do passado e do presente, o MRN conta um pouco da história de cada um deles
Nesta quinta-feira, dia 27/12, o Maracanã recebe o Jogo das Estrelas. maior evento festivo do futebol brasileiro, que chega à sua 15ª edição. Sob a tutela do anfitrião Zico, maior jogador da história do Flamengo, o gramado do ex-Maior do Mundo recebe grandes jogadores do esporte mais querido do povo brasileiro.
Apesar de unir torcidas, inegavelmente a festa é pintada com mais intensidade nas cores vermelha e preta do Flamengo. Em 2018, esta tradição não será quebrada e a organização do evento já anunciou dezenas de ex-jogadores e atletas ainda em atividades que vestiram a camisa rubro-negra em suas carreiras e que até hoje são identificados com a Maior Torcida do Brasil.
Abaixo, saiba quais rubro-negros estarão em campo na próxima quinta-feira. Antes clique aqui e garanta logo seu ingresso nessa festa que simboliza a união, a paz e a solidariedade entre as pessoas.
Vinícius Jr.
Ganhando espaço no Real Madrid, Vini acabou de se tornar campeão mundial de clubes pelos merengues, com direito a gol na final contra o Al Ain, em Abu Dhabi, no último sábado (22). O Garoto do Ninho comemorou no Twitter o fato de jogar ao lado do Galinho de Quintino.
Jogar ao lado do nosso Rei e no Maracanã ??? https://t.co/1zCaljRSBh
— Vinicius Jr (@vini11Oficial) 25 de dezembro de 2018
Lucas Paquetá
Vendido para o Milan, Lucas Paquetá se despede definitivamente da torcida rubro-negra em 2018. Vai deixar saudade e a esperança de que volte para o Mengão no futuro, após brilhar nos gramados europeus. A expectativa da torcida é ver uma reedição da dupla com Vinícius Jr, além, é claro, de uma linha de passe dos dois jovens craques na meiuca com o eterno Zicão.
Aloísio Chulapa
Aloísio só iria receber o apelido Chulapa, incorporado como sobrenome, quase dez anos depois de vestir a camisa do Flamengo. Em 1995, vindo das categorias de base do CRB como grande promessa de centroavante. Eram os tempos do “melhor ataque do mundo”, formado por Sávio, Edmundo e Romário e de muita crise. Mesmo assim conseguiu certo brilho, com 49 jogos e os títulos do Campeonato Carioca de 1996 e da Copa Ouro de 1996 e uns golzinhos na conta. Foram os dois primeiros títulos do folclórico centroavante, campeão do mundo com o São Paulo em 2005 e que acabou de participar do reallity show “A Fazenda” na TV Record. Com Chulapa em campo é certeza de muitas brincadeiras e risadas no Jogo das Estrelas.
Júlio César
Depois do jogo de despedida emocionante no primeiro semestre deste ano, quando agarrou demais e garantiu os três pontos para o Flamengo diante do América-MG, no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o goleiro criado na base rubro-negra foi titular nas Copas do Mundo de 2010 e 2014, eleito melhor goleiro da Europa na temporada 2009/2010, quando defendia a Inter de Milão e ainda, segundo a revista inglesa FourFourTwo, o nono maior goleiro do século XXI. Só isso. O Jogo das Estrelas vai ser mais uma chance de ver esse paredão em ação.
Elias
A passagem de Elias pelo Mengão foi curta, porém, muito marcante. Ninguém esquece do golaço diante do Cruzeiro, que deu a classificação às quartas da Copa do Brasil de 2013, nosso último título nacional. O volante, emprestado pelo Sporting-POR, vivia um drama pessoal com o seu filho muito doente, o pequeno David, que virou xodó da Nação e até hoje guarda, da mesma forma que o papai Elias, o Mengo no coração.
Adriano Imperador
Tudo que se falar de Adriano será pouco. O carisma de quem nasceu rubro-negro, é cria do Flamengo, saiu para a Europa como grande promessa de goleador e voltou em 2009 para ser coroado não apenas como Imperador, mas como Ídolo do Hexa. Adriano viveu polêmicas e dramas pessoais durante sua carreira que ninguém pode cravar se terminou de fato. O que ninguém duvida mesmo é de como Adriano é amado pela torcida do seu time de coração.
Éverton Ribeiro
O mundo dá voltas. E o flamenguista que sofreu com aquele golaço de Éverton Ribeiro no primeiro jogo das quartas-de-final da Copa do Brasil de 2013 diante do Cruzeiro, quando o meia-atacante defendias as cores do time mineiro, agora já tem uma coleção de belos tentos do atleta desde que chegou ao Mais Querido no início do segundo semestre de 2017. O jeito tímido, meio que de caipira do interior paulista, aos poucos está se acostumando com a irreverência do carioca. O torcedor que veste vermelho-e-preto está na esperança de um grande 2019 de ER, que é com certeza uma das grandes atrações do Jogo das Estrelas.
Leo Moura
Vivem um caso de amor e ódio Leo Moura e a torcida do Flamengo. Ninguém veste esta pesadíssima camisa por 10 anos por acaso. Com 519 jogos no currículo do CRF, é top 7 dos jogadores que por mais vezes atuaram em toda a história do clube. Não é para qualquer um não. Em 2015 seu ciclo se encerrou na Gávea. Rodou pelos EUA, Índia e o inexpressivo Metropolitano-SC até jogar em alto nível novamente pelo Santa Cruz, em 2016. Veteraníssimo, quando todos achavam que sua carreira seguiria por pequenos clubes, o técnico Renato Gaúcho surpreendeu a todos e o levou para o Grêmio. A aposta deu certo: o lateral-direito acabou ajudando o time gaúcho a ser campeão da Libertadores aos 39 anos. LM têm dado declarações negativas sobre o Fla e despertado rejeição de uma parte da torcida que o idolatrava. O quase acerto com o Vasco também manchou sua relação com a Nação. Quando estiver em campo no Jogo das Estrelas, com certeza será, na mesma medida que aplaudido, também vaiado.
Júlio César “Uri Geller”
Todos conhecem a história do ponta-esquerda que entortava tanto os adversários que foi apelidado com o nome do paranormal (ou mágico) israelense que entortava objetos e fazia muito sucesso à época. A TV MRN fez uma entrevista memorável com o jogador. Assista: https://www.youtube.com/watch?v=TYqR99iOqOY
Jayme de Almeida
Jayme de Almeida tem sua história completamente atrelada ao Flamengo. Pra começar, seu pai, Jaime de Almeida, foi zagueiro do Flamengo por toda a década de 40. Criado na Gávea, tornou-se também defensor do time, tendo atuado na década de 70 em 198 jogos. Voltou ao clube décadas depois, como auxiliar de Luxemburgo. Em 2013 assume o Mengo em momento delicado, quando Mano Menezes pede o boné. Apesar da luta contra o rebaixamento no Brasileiro daquele ano, sagrou-se campeão da Copa do Brasil.
Zinho
Um dos maiores levantadores de taça da história do futebol brasileiro, Zinho saiu de sua cidade natal, Nova Iguaçu, para brilhar vestindo a camisa de grandes times do Brasil e do exterior. Ficou marcado na história do Fla com o bicampeonato brasileiro (1987 e 1992). Apesar de formado na Gávea, suas andanças e grandes títulos, como o tetra com a Seleção, e em outros clubes de grande torcida, como Palmeiras e Grêmio, o deixaram mais distante da torcida rubro-negra. A passagem como diretor no Flamengo não deixou saudade e seu último trabalho dentro das quatro linhas foi de auxiliar de Jorginho no Vasco da Gama. Atualmente é comentarista dos canais Fox Sports.
Adílio
Campeão de tudo. Integrante da espinha dorsal do Flamengo da Era de Ouro. “Ele jogava com a camisa 8, mas poderia vestir a 11, a 7, a 10. Adílio, o ‘Neguinho da Cruzada’ era hábil, versátil, rápido e sabia fazer gols. Não chutava forte, mas tinha posicionamento na área adversária que mais parecia de centroavante”, escreve o jornalista Mauro Cézar Pereira, no prefácio do livro “Adílio, camisa 8 da Nação“, escrito por Renato Zanata Arnos. Adílio é sempre uma grande atração porque até hoje joga muito e há quem diga que, aos 62 anos, corre mais do que muito garoto. Quem acompanha o FlaMaster sabe do que a gente está falando.
Junior
Ah, o Maestro… O que falar mais dele? Talvez contar as últimas sobre ele para os torcedores mais distraídos? Seu Leovegildo acaba de ganhar um busto no Centro de Treinamento George Helal, o Ninho do Urubu. Uma justa homenagem àquele que mais vestiu a camisa do Flamengo, que é o nosso eterno Vovô-Garoto, que às vezes nos irrita um pouquinho com sua placidez imparcial e profissional quando comenta os jogos do Mengão na televisão, que está no imaginário de todo rubro-negro, dos nove aos noventa anos. Eternamente elegante a desfilar nas nossas memórias, as vividas e as sonhadas. Quem não quer assistir o atemporal lateral-esquerdo-direito, armador-goleador e maestro-vovô-garoto mais uma vez ao lado de Zico?
Elano
Chegou ao Flamengo em 2014 com alguma expectativa. O clube estava no auge da recuperação financeira e a maior demostração de quão difícil era montar um bom elenco a apresentação do volante Feijão ao lado do ex-santista, para a disputa da Libertadores daquele ano. A passagem de Elano foi apagada mas o atleta sempre foi carinho com a torcida e respeitoso com as tradições flamengas.
Djalminha
A geração da Copinha 1990 vai deixar saudade e a lembrança da tragédia de ver a maioria daqueles futuros craques brilhando em outros clubes. Depois de brigar com o já veterano Renato Gaúcho, a diretoria do Flamengo optou por liberar o jovem Djalminha para o Guarani. Brilhou por lá, depois no Palmeiras, na Seleção Brasileira, e mais ainda no La Coruña-ESP.
Mozer
Talvez tenha sido o zagueiro mais talentoso da história do Flamengo. Não a toa conseguiu se destacar em meio a feras como Rondinelli, Figueiredo, Marinho, entre outros. Campeão mundial em Tóquio, deixou muita saudade por aqui quando trocou o Rio de Janeiro pela Europa, onde é ídolo em Portugal e na França. Recentemente foi gerente de futebol do clube. Mais um bom motivo para ver o Jogo das Estrelas.
Petkovic
Um sérvio marrento, mal-humorado e sem papas na língua. Do Real Madrid para os campos de futebol da Bahia. Pet sobreviveu aos costumes completamente diferentes e virou ídolo da Maior Torcida do Mundo, com direito a música e tumulto para uma selfie por onde passa. Pet é pop. Pet é Mengo. Ele joga muito e é o terror dos vascaínos até hoje. Não é a primeira vez ao lado do Galo e é capaz de ainda pedir ao anfitriaão da festa para deixá-lo bater as faltas próximas da área!
Aldair
Bela oportunidade para rever o zagueiraço Aldair, que abandonou a base vascaína para brilhar no Mengão em 1985, ao lado de Zico & Cia. Foi tetracampeão em 1987 e pela Seleção Brasileira em 1994. Saiu do Mengão em 1989 para jogar no Benfica, no lugar justamente do Mozer, vendido para o Olympique Marseille. Foi finalista da UEFA Champions League 1989/1990, perdendo para o poderoso Milan de Rijkaard, Gullit e Van Basten. Mais uma grande atração rubro-negra no Jogo das Estrelas!
Ronaldo Angelim
Ronaldo Angelim já chegou no Flamengo com a alcunha de Magro de Aço, dada pela torcida do Fortaleza. Torcedor do Flamengo desde criança, Angelim simboliza todos os flamenguistas ao redor do mundo que lutam diariamente pela sobrevivência e acreditam com fé na vitória. Sua humildade transcende a vaidade. Não há no século XXI, jogador com maior identificação com a correção e a honestidade do que este cearense. Seu gol contra o Grêmio, na última rodada do Brasileiro de 2009, que valeu o hexacampeonato e uma conquista que esperava na fila havia 17 anos, foi um prêmio a tudo isso. No mesmo ano em que quase perdeu a perna por conta de uma doença grave, ele ganhou a eternidade no Céu Rubro-Negro. O Jogo das Estrelas é o palco para mais uma vez a torcida do Flamengo reverenciar este exemplo de cidadão e atleta.
Cláudio Adão
Claudio Adão foi um dos maiores atacantes do futebol brasileiro nas décadas de 70 e 80 e ficou conhecido pela quantidade de clubes em que atuou. Revelado no Santos ainda de Pelé, chegou ao Mengo em 1977 e ficou até 1979. Voltou a atuar com o Fodástico Manto em 1983. Aos 63 anos, ainda se destaca nas peladas de confraternização pelo Brasil. Grande personagem do futebol brasileiro!
Marcelo Lomba
Coube ao jovem Marcelo Lomba a difícil missão de substituir o goleiro Bruno, afastado em 2010. Entre altos e baixos, não passou segurança ao torcedor e foi emprestado para outros clubes, até chegar ao Internacional e fazer boa temporada substituindo o titular Danilo Fernandes. Belo reencontro com a torcida carioca.
Fernando Santos
Revelado pelo Flamengo, não deixou tanta saudade, em tempos complicados no início dos anos 2000. Mas em 2005 retornou ao Flamengo e ajudou no bicampeonato da Copa do Brasil no ano seguinte.
Alcindo
Sempre foi um ponta rápido e técnico querido pela torcida do Flamengo. Campeão brasileiro em 1987, foi peça importante na maioria das vezes saindo do banco de reservas para substituir Renato Gaúcho, Bebeto ou até mesmo Zico. Entretanto, foi no futebol japonês, ajudando Zico a popularizar o esporte no Kashima Antlers, que gravou seu nome na memória do esporte. Até hoje tem grande prestígio na Terra do Sol Nascente. Seu filho, Igor Sartori, profissionalizou-se no Flamengo mas não teve oportunidades no time de cima.
Deivid
Deivid se destacou no futebol brasileiro no futebol paulista e mineiro e depois no futebol turco, no Fenerbaçe, quando foi treinado pelo Zicão. Trazido para o Flamengo em 2010 pelo mesmo Zico, agora diretor de futebol. Ao perder um gol feito contra o Vasco, ficou marcado pela torcida. Fato que atrapalhou sua trajetória no Fla. Rubro-negro de infância, tem ótima relação com o dono da festa. Que não perca um gol feito, hein!
Fábio Noronha
Goleiro formado nas divisões de base do Flamengo. Teve passagem também pelo Fluminense. Não teve uma carreira de muito sucesso em grandes clubes mas virou figura carimbada em clube pequenos do futebol carioca.
Thiago Coimbra
Pouca gente lembra mas em 2006, o grupo que foi campeão da Copa do Brasil contava com o filho de Zico, Thiago Coimbra. Com passagens pelo CFZ, Madureira e América, atualmente, aos 35 anos, está sem clube.
Zico
Pra fechar, Ele. Tudo já foi dito sobre ele. Livros foram escritos. Milhares de crianças são chamadas de Arthur por sua causa. Todos que amam o futebol sabem que este esporte possui deuses. E o Flamengo está entre os maiores e mais míticos clubes deste jogo bretão, por ser o lar eterno de um deles. Obrigado pelo Jogo das Estrelas, Zico!